6 de setembro de 2006

Série CAI O PANO - 8

CAI O PANO – Parte 2 (4)
GOVERNOS...
______________________________________________
Pequena Introdução
Por ser esta série de artigos longa e ter que ser divulgada em capítulos, pode a princípio passar a impressão de que rumará ao ufanismo anti-imperialista, como acontece com tantas outras análises. Não rumará. Ela pretende estabelecer uma base de raciocínio para a discussão de um posicionamento brasileiro em relação às forças de poder mundialmente estabelecidas, a fim de transformar o Brasil, de objeto manipulado, em parceiro consciente, com direito a voto e a todos os benefícios de desenvolvimento, pela posição estratégica que ocupa no cenário de disputa mundial. O objetivo é: Conhecimento, Conscientização, Escolha de Parceiros Ideológicos e Econômicos (Pró-Ocidentais) e Imposição Inteligente de Contrapartidas Beneficiadoras.
______________________________________________

Ao analisarmos, nos aspectos relevantes a este tema, o desempenho dos governos, desde José Sarney a Lula, poderemos perceber os fundamentos de uma continuidade metodicamente planejada de fora para dentro do país - um fio condutor rígido cercado de alegorias que acabam por escondê-lo, propositadamente, é claro.

José Sarney

O governo de Sarney, para o que nos interessa, foi marcado, na área econômica, pela implantação do Plano Cruzado - que teve efeito imediato na contenção da inflação e no aumento do poder aquisitivo da população. Milhares de consumidores passaram a fiscalizar os preços no comércio e a denunciar as remarcações. Quem não se lembra dos fiscais do Sarney? Mas, apenas quatro meses depois, ocorreu uma grave crise de abastecimento, os fornecedores passaram a cobrar ágio para vender suas mercadorias e a inflação voltou a subir. O governo manteve o congelamento para extrair bons dividendos políticos nas eleições que estavam por vir. Deu certo: elegeram Governadores, Prefeitos e a maior bancada no Congresso.

Estava pronto o cenário ideal para elaborar e aprovar a Constituição de 1988 – baseada já na ideologia do politicamente correto que foi e ainda é o principal instrumento de manipulação e controle por parte da esquerda internacional globalista e a condução das políticas econômico-administrativas, que se deu inteiramente na direção do que estava estabelecido no Consenso de Washington. Sarney é um dos mais poderosos homens do Brasil até hoje e, não há como negar: é um camaleão, associando-se aos mais diferentes políticos e partidos, conforme a ocasião.

Em janeiro de 1984, ocorre o primeiro encontro do MST em Cascavel, no Paraná, onde se reafirmou a necessidade da ocupação como uma ferramenta legítima dos trabalhadores rurais. A partir daí, começou-se a pensar um movimento com preocupação orgânica, com objetivos e linha política definidos. Em 1985, o MST realizou seu primeiro Congresso Nacional, em Curitiba (PR), cuja palavra de ordem era: "Ocupação é a única solução". Neste mesmo ano, o governo de José Sarney aprova o Plano Nacional de Reforma Agrária (PNRA), que tinha por objetivo dar aplicação rápida ao Estatuto da Terra e viabilizar a Reforma Agrária até o fim do mandato do presidente, assentando 1,4 milhão de famílias, mas, apenas 6% das metas estabelecidas foi cumprida.

Com a articulação para a Assembléia Constituinte, os ruralistas se organizam na criação da União Democrática Ruralista (UDR) e conseguiram impor emendas na Constituição de 1988. Os movimentos sociais também tiveram uma importante conquista nos artigos 184 e 186, que fazem referência à função social da terra e determinam que, quando ela for violada, seja desapropriada para fins de Reforma Agrária. Esse foi também um período em que o MST reafirmou sua autonomia, definiu seus símbolos, bandeira, hino.

Fernando Collor

Fernando Affonso Collor de Mello foi presidente do Brasil entre 1990 e 1992, eleito pelo PRN (Partido da Reconstrução Nacional). A única informação que nos interessa sobre ele, antes de entrar na vida pública, é a de que foi gerente do Fundo Oportunitty. Isso talvez o tenha aproximado dos donos do mundo (de Wall Street e da City Londrina), que viram nele boas chances de dar prosseguimento ao projeto de aniquilamento do Brasil como nação. Na primeira eleição direta para Presidente da República desde 1960, ele derrotou Leonel Brizola, Paulo Maluf e Luiz Inácio Lula da Silva em uma acirrada eleição presidencial.

Collor exibia-se como um símbolo da modernidade, em termos de comportamento, postura e política econômica. Elegeu como principal prioridade de seu governo a luta contra a inflação, que chegava a alcançar taxas de 25% ao mês. Imediatamente após tomar posse, lançou o Plano Brasil Novo, elaborado pela equipe da ministra da Economia, Zélia Cardoso de Mello. Esse plano incluía principalmente as seguintes medidas: 1) congelamento de milhões de poupanças e aplicações financeiras, por dezoito meses; 2) a extinção do cruzado novo e a volta do cruzeiro como moeda nacional; 3) o congelamento de preços e salários; 4) o fim de subsídios e incentivos fiscais; 5) a extinção de vários órgãos do governo (Instituto do Açúcar e do Álcool, Instituto Brasileiro do Café, Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste, Departamento Nacional de Obras contra a Seca (DNOCS)); e o lançamento do Programa Nacional de Desestatização.

Os planos econômicos do governo Collor pecaram pelo autoritarismo e pelo intervencionismo exagerado. As radicais mudanças econômicas impostas à nação - congelamentos, confiscos, bloqueios, interferência nos sistemas de contratos econômicos - não conseguiram eliminar a inflação nem dar estabilidade à economia. Em julho de 1990, foram implementadas reduções nas tarifas alfandegárias, dando início à abertura internacional da economia brasileira. O pagamento da dívida externa do Brasil foi escalonado, depois de sucessivos acertos junto ao FMI, ao Clube de Paris e a outros credores do país - a dívida voltaria a ser paga a partir de 1992. As reservas cambiais às vésperas da queda de Collor atingiram o índice recorde de 20,5 bilhões de dólares (a mesma coisa que acontece hoje no governo Lula).

Em 1992, Collor havia rompido, aparentemente, com quase toda a elite brasileira tendo desafiado os bancos, a FIESP, a indústria automobilística, etc. Seu próprio irmão, Pedro Collor, fez uma série de denúncias, revelando indícios de propinas e desvios de verbas públicas no governo que envolviam o presidente diretamente, bem como seu antigo tesoureiro de campanha, PC Farias. A enxurrada de denúncias, o apoio da mídia e a mobilização de partidos políticos e da UNE geraram amplas manifestações populares nas principais cidades do Brasil, até que, em outubro de 92, o Congresso votou pela suspensão de Collor do cargo. Enquanto o processo de impeachment corria no Senado, o presidente renunciou, em 29 de Dezembro de 1992. Collor foi sucedido pelo seu vice-presidente, Itamar Franco.

As irregularidades que marcaram o governo Collor envolveram, sob a acusação de corrupção, membros de sua equipe, a própria primeira-dama Rosane Collor, além de secretárias, amigos e funcionários que agiam próximos ao presidente. Escândalos no processo de privatização da VASP, na LBA (Legião Brasileira de Assistência), no INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), nos CIACs (Centro Integrados de Atendimento à Criança) e na Central de Medicamentos mostraram um panorama desolador de corrupção. Depois de 84 dias de trabalho, uma CPI instaurada no Congresso esclareceu definitivamente o envolvimento de Collor com o esquema de tráfico de influências dirigido por Paulo César Farias. O relatório final da Comissão colocou praticamente um ponto final no governo de Fernando Collor de Mello.

Collor foi absolvido das 103 acusações feitas contra ele. Em Dezembro de 1994, foi absolvido das acusações de corrupção pelo Superior Tribunal de Justiça brasileiro, por cinco votos a favor e três contrários. Mesmo assim, continuou suspenso da vida pública por 8 anos. Collor também foi acusado perante o Supremo Tribunal Federal de crime comum por formação de quadrilha, mas foi absolvido por falta de provas. Em 23 de junho de 1996, PC Farias foi encontrado morto em circunstâncias até hoje não totalmente esclarecidas.
______________________________________________________
Istoé - 30/08/2006 - Por Mário Simas Filho
Foi homicídio
Justiça enterra a farsa do crime passional e seguranças serão julgados pelo assassinato de PC Farias
Demorou muito, mas, dez anos e dois meses depois de chocar o País, o mistério em torno das mortes do empresário Paulo César Farias – o PC, ex-tesoureiro do presidente cassado Fernando Collor de Mello – e de sua namorada, Suzana Marcolino, chega ao fim. Por decisão do Superior Tribunal de Justiça, quatro ex-seguranças de PC irão a júri popular, acusados de duplo homicídio. A sentença do STJ enterra definitivamente a tese do crime passional – Suzana teria matado PC e se matado em seguida –, versão montada pela família Farias, adotada pela polícia alagoana e amparada em uma questionável perícia coordenada pelo legista Fortunato Badan Palhares.

Em junho de 1996, quando ocorreu o crime, reportagem de ISTOÉ já denunciava a farsa armada em torno do crime passional. PC era, até então, o maior conhecedor dos segredos dos subterrâneos da política nacional, que haviam levado ao processo de impeachment do presidente Fernando Collor quatro anos antes. Dono de uma fortuna depositada em contas bancárias no Exterior, ele vivia cercado por um forte esquema de segurança e morreu assassinado no próprio quarto, em sua casa de praia, em Guaxuma, litoral norte de Maceió. Adeílton Costa dos Santos, Reinaldo Correia Lima Filho, José Geraldo da Silva e Josemar Faustino dos Santos, os seguranças que serão julgados, estavam na casa na madrugada do crime. Alegaram que nada viram e nem sequer ouviram os tiros disparados no interior de uma casa de madeira em uma região quase deserta. “Eles tinham o dever de agir e não agiram. Ou se omitiram ou foram cúmplices”, diz o promotor Luís Vasconcelos, um dos principais responsáveis para que o caso não fosse encerrado sem a punição dos assassinos.

A decisão do STJ, porém, não afeta a todos os que a Justiça de Alagoas entendeu terem participação no crime. O irmão de PC, Augusto Farias, na época deputado federal, chegou a ser apontado como autor intelectual do duplo homicídio. Como parlamentar, porém, teve a prerrogativa de ter sua situação examinada pela Procuradoria Geral da República, e acabou se livrando do processo. “A Justiça tardou, mas se fez presente. Seria uma aberração encerrar esse caso como um crime passional, pois todas as provas técnicas mostram o contrário. PC foi vítima de uma trama, de uma queima de arquivo”, diz o legista George Sanguinetti, da Universidade de Alagoas, um dos primeiros a questionar publicamente a tese defendida pela família Farias e responsável por desconstruir o laudo coordenado por Palhares. O julgamento dos seguranças, todos da Polícia Militar de Alagoas, deverá ocorrer no início do próximo ano.

PERGUNTA ÓBVIA: onde está o motivo?... Que justiça é essa?
______________________________________________________
Mas, nessa história há um detalhe que ficou praticamente desvinculado da crise do governo Collor e que, por coincidência, fazia (e ainda faz) parte importante do plano de contenção da expansão da agricultura comercial brasileira (o agrobusiness) – interesse das transnacionais. A eleição de Fernando Collor de Melo representou um retrocesso na luta do MST, já que o presidente era declaradamente contra a Reforma Agrária e tinha ruralistas como seus aliados de governo. Foram tempos de repressão contra os Sem Terra.

Muito comparado ao governo de Lula, pela quantidade de denúncias de corrupção e irregularidades, Collor não esteve envolvido em um quinto sequer do que se supõe estar Lula. Entretanto, somente Collor se viu forçado a renunciar para não sofrer o impeachment. Entre os dois, se compararmos as acusações, as suspeitas e as naturezas dos crimes, Lula estaria bem mais encrencado. Porém, a elite (que Lula finge que quer derrubá-lo) está do seu lado, bem como os interesses das transnacionais globalistas. É necessário acrescentar que Collor, ainda que aceitando algumas das imposições dos “mega-poderosos-donos-do-mundo”, tentou estabelecer o Estado mínimo (talvez este o seu maior crime contra os poderosos), justamente o contrário do que fez seu sucessor (nas urnas), Fernando Henrique Cardoso. Donde se conclui que os motivos que derrubaram Collor têm grandes chances de serem os mesmos que mantém Lula na presidência da república.

Hoje, 17 anos depois de fazer campanha contra o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva e seu partido (o PT) e de ter sofrido outra campanha pela sua saída da presidência, também pelo PT, o ex-presidente Fernando Collor de Mello declarou apoio à reeleição do presidente e fez críticas ao candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin, no seu programa eleitoral como candidato ao Senado, pelo Partido Renovador Trabalhista (PRT): "Vou votar na reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva porque ele é um nordestino” e justificou sua opção: "Lula conhece bem as raízes do nosso povo, as carências e tem agido rápido no sentido de resolver os problemas do Nordeste".

Fernando Henrique Cardoso

O próprio FHC se define, na presidência, como aquele que colocou o País dentro das recém-formadas “sociedades em rede”, cujas principais características são as “novas formas de sociabilidade que saltam as muralhas dos territórios nacionais e as barreiras de lealdades dos grupos de interação primária, nas quais as relações se dão face a face, como a família, os grupos de trabalho ou os partidos e igrejas”.

A idéia é atacar a figura do Estado-Nação, (mas não a do Estado “Pai”, onipresente e sem fronteiras – o Estado Mundial) que tem como base ou o liberalismo democrático ou o socialismo totalitário, para criar um novo modelo “não mais baseado no partido-Príncipe, mas na mobilização difusa e participativa, mais espontânea e, portanto, menos previsível, dos que acreditam num mundo melhor”. É o mais novo valor agregado ao conceito de Utopia, dentre tantos outros que, desconsiderando a própria e fundamental natureza humana, pregaram a igualdade entre os homens para construir o paraíso na Terra, mas, não segundo os conceitos individuais de paraíso de cada ser humano, e sim segundo os daqueles que possuem dinheiro e armas para impor o que entendem por mundo perfeito.

Assim que eleito, antes da posse, FHC viajou para a Europa, e entrevistou-se em Londres com o Barão de Rothschild, financista internacional, que dirige o grupo que leva seu nome e que controla o comércio de metais no mundo há cerca de 300 (trezentos) anos.
______________________________________________________
Clube Bilderberg: o Governo Mundial na sombra
por Carlos I.S. Azambuja - em 10 de agosto de 2006
© 2006 MidiaSemMascara.org
Durante os últimos 50 anos, um grupo seleto de políticos, empresários, banqueiros e poderosos em geral tem se reunido secretamente para planejar as grandes decisões que movem o mundo e que, depois, simplesmente acontecem. O livro A Verdadeira História do Clube Bilderberg, de autoria do jornalista e especialista em comunicação Daniel Estulin, que há 13 anos investiga as atividades secretas do Clube Bilderberg e que foi ganhador de três prêmios de pesquisa nos EUA e Canadá, aponta quem aciona os controle por detrás da fachada das organizações internacionais conhecidas. O livro foi editado em 28 países em 21 idiomas. Segundo o autor, a 1ª edição na Venezuela, Colômbia e México foi esgotada em menos de 4 horas e causou manifestações em frente às embaixadas dos EUA que, como é óbvio, ninguém viu e nem ouviu na TV ou nos noticiários de imprensa. A seguir, você vai saber o motivo.

O texto abaixo – que uma amiga minha considerou "uma confusão dos diabos" - é uma resenha desse livro. Mas, como disse Sun Tzu, para combater um inimigo é preciso conhecê-lo, pois não se pode lutar contra algo que não se conhece.

A verdadeira história do Clube Bilderberg é uma narração da subjugação impiedosa da população por parte de seus governantes. Um Estado Policial Global que ultrapassa o pior pesadelo de Orwell, com um governo invisível, onipresente, que manipula os fios desde a sombra, que controla o governo dos EUA, a União Européia, a Organização Mundial de Saúde, as Nações Unidas, o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e outras instituições similares. E, o mais espantoso de tudo, formula os projetos futuros da Nova Ordem Mundial.

Muitos grandes empresários, políticos, incluindo alguns de seus colaboradores, estão lutando para impor limites ao Clube, alguns de fora, outros de dentro, se bem que de forma encoberta. Esse interesse de dominar o mundo não é novidade na história da Humanidade. Outros já tentaram antes.

O lado obscuro do Clube Bilderberg – o pior mal já enfrentado pela humanidade – está entre nós e utiliza os novos e amplos poderes de coação e terror que a ditadura do complexo industrial-militar global – segundo palavras do autor - requer para acabar com a resistência e governar aquela parte do mundo que resiste às suas intenções.

Cada nova medida, por si só, pode parecer uma aberração mas o conjunto de mudanças, que formam parte do processo em curso, constitui um movimento em direção à Escravidão Total. A batalha está se realizando neste preciso instante em que você lê esta matéria e a ditadura global – o Governo Mundial Único – está vencendo.

O objetivo dos que lutam contra essa ditadura global é defender a nossa intimidade pessoal e nossos direitos individuais, a pedra angular da liberdade. E essa batalha envolve o Congresso dos EUA, a União Européia, os tribunais, as redes de comunicação, as câmeras de vigilância, a militarização da polícia, os campos de concentração, as tropas estrangeiras estacionadas em solo de diversos países, os mecanismos de controle de uma sociedade sem dinheiro em espécie, os microchips implantáveis, o rastreamento por satélite GPS, os cartões de identificação por radiofreqüência (RFID), o controle da mente, as contas bancárias, os cartões inteligentes e outros dispositivos de identificação que o Grande Irmão nos impõe e que conectam os detalhes da nossa vida a enormes bancos de dados secretos dos governos.

Os caminhos que forem tomados agora determinarão o futuro da humanidade: se passaremos a fazer parte de um Estado policial eletrônico global ou se continuaremos como seres humanos livres.

O Clube do governo mundial na sombra decide, numa reunião anual secreta, como devem ser realizados seus projetos diabólicos. Quando se celebram essas reuniões, não por acaso seguem-se guerras, a fome, a pobreza, a derrubada de governos e abruptas e surpreendentes mudanças políticas, sociais e monetárias.

Skinner – Burrhus Frederic Skinner -, cientista do comportamento e do aprendizado, colaborador do Instituto Tavistock – organização de pesquisa no campo da psicologia social aplicada – que, por sua vez, é colaboradora do Clube Bilderberg, considera a população em geral incompetente para educar seus filhos e propõe como sociedade ideal aquela em que os filhos são separados das famílias por ocasião do nascimento e educados pelo Estado, que paga aos pais por seus filhos uma determinada quantia, em centros onde passam a viver.

Outra forma de manipulação de conduta utilizada pelo Clube Bilderberg é conseguir que as pessoas obtenham algo que desejam em troca da renúncia de outra coisa, principalmente a liberdade.

Se bem que o Clube Bilderberg, a Comissão Trilateral, a Mesa-Redonda, o Conselho de Relações Internacionais, as Nações Unidas, o Fundo Monetário Internacional, o Clube de Roma e algumas outras organizações realizem seus planejamentos e suas gestões em particular; a imprensa, as rádios e as cadeias de TV se negam a cobrir o tema e não se atrevem a falar dele. Isso mantém a maioria da população num estado contínuo de ansiedade interior porque as pessoas estão demasiado ocupadas garantindo sua própria sobrevivência ou lutando por ela.

A técnica do Clube Bilderberg consiste em submeter a população e levar a sociedade a uma forte situação de insegurança, angústia e terror, de maneira que as pessoas cheguem a sentir-se tão exaltadas que peçam, aos gritos, uma solução, qualquer que seja. Essa técnica tem sido aplicada às gangues de rua, às crises financeiras, às drogas e ao atual sistema educacional e prisional.

Com relação ao sistema educacional é necessário dar a conhecer que os estudos realizados pelo Clube Bilderberg demonstram que conseguiram diminuir o coeficiente intelectual médio da população. Para conseguir isso não só manipulam as escolas e as empresas, mas também têm se apoiado na arma mais letal que possuem: a televisão e seus programas de baixo nível, para afastar a população de situações estimulantes e conseguir assim entorpecê-la.

O objetivo final desse pesadelo – ou dessa "confusão dos diabos"... - é um futuro que transformará a Terra num planeta-prisão por meio de um Mercado Globalizado Único – que tornou o mundo plano -, vigiado por um Exército Mundial Único, regulado economicamente por um Banco Mundial e habitado por uma população controlada por microchips cujas necessidades vitais terão sido reduzidas ao materialismo e à sobrevivência: trabalhar, comprar, procriar, dormir, tudo conectado a um computador global que supervisionará cada um de nossos movimentos.

Os membros do Bilderberg "possuem" os bancos centrais e, portanto, estão em condições de determinar os tipos de interesses, a disponibilidade de dinheiro, o preço do ouro e quais os países que devem receber quais empréstimos. Ao movimentar divisas, os membros do Bilderberg ganham milhares de dólares.

Desde 1954, os sócios do Bilderberg representam a elite das nações ocidentais - financistas, industriais, banqueiros, políticos, líderes de corporações multinacionais, presidentes, primeiros-ministros, ministros das Finanças, secretários de Estado, representantes do Banco Mundial, OMC, FMI, executivos dos meios de comunicação e lideranças militares -, um governo nas sombras que se reúne em segredo para debater e conseguir um consenso sobre a estratégia global. Todos os presidentes dos EUA, desde Eisenhower, pertenceram ao Clube. Também Tony Blair, assim como Lionel Jospin, Romano Prodi, ex-presidente da Comissão Européia, Mario Monti, comissário europeu para a Concorrência, Pascal Lamy, comissário do Comércio, José Manuel Durão Barroso, atual presidente da Comissão Européia, Alan Greenspan, chefe do FED (o Banco Central dos EUA), Hillary Clinton, John Kerry, a ministra de Assuntos Internacionais da Suécia, assassinada, Anna Lindh, Melinda e Bill Gates, Henry Kissinger, a dinastia Rothschild, Jean-Claude Trichet, cabeça visível do Banco Central Europeu, James Wolfenson, presidente do Banco Mundial, Javier Solana, ex-Secretário Geral do Conselho da Comunidade Européia, o financista George Soros, um especulador capaz de derrubar moedas nacionais em proveito próprio, e todas as famílias reais da Europa. Juntamente com eles sentam-se os grandes proprietários dos meios de comunicação, pessoas que controlam tudo o que se lê e assiste.

Em 2004, no Grande Hotel des Iles Borromées, em Stresa, Itália, em mais um Encontro, celebrou-se o 50º aniversário do Grupo, que foi constituído entre os dias 29 e 31 de maio de 1954 no hotel Bilderberg (daí o nome de Grupo Bilderberg), na localidade holandesa de Oosterbeckl em um evento organizado pelo príncipe Bernard, da Holanda.

Tanto Donald Rumsfeld, atual Ministro da Defesa dos EUA, como o general Peter Sutherland, da Irlanda, são membros do Bilderberg. Sutherland é ex-comissário europeu e presidente da Goldman, Sachs e Britsh Petroleum. Rumsfeld e Sutherland ganharam um bom dinheiro em 2000 trabalhando juntos no conselho da companhia energética suíça ABB (Asea Brown Bovery Ltda). Sua aliança secreta tornou-se pública quando se descobriu que a ABB havia vendido dois reatores nucleares a um membro ativo do "eixo do mal", a Coréia do Norte!

Por outro lado, é muito difícil resumir como o Clube Biderberg esteve envolvido com a administração de Ronald Reagan, eleito presidente dos EUA em 1980. Todos os cargos importantes do governo foram ocupados por socialistas fabianos, recomendados pelo Heritage Foundation do Bilderberg/Rockefeller (um parêntesis para assinalar que a Heritage Foundation, fundada em 1973, apresenta-se como um instituto educacional de pesquisa que formula e promove políticas públicas e conservadoras baseadas nos princípios de livre-empresa, governo limitado e liberdade individual, o que torna essa afirmativa – pelo menos essa – inverossímil); com o assassinato de Aldo Moro - morto pelo grupo maçon P2, com o objetivo de alinhar a Itália com o Clube de Roma e com Bilderberg; com o assassinato de Ali Bhutto, presidente do Paquistão, em 1979, que queria desenvolver armas nucleares como elemento de dissuasão contra "as contínuas agressões israelenses no Oriente Médio"; com a deposição do Xá do Irã pelo aiatolá Khomeini, uma criação da VI Divisão de Inteligência Militar britânica, popularmente conhecida como MI6 (sobre o qual o Parlamento britânico não tem jurisdição); ou com o caso Watergate. Ao contrário do que sempre afirmou o Washington Post, não houve nenhuma "evidência" de que Nixon tenha abusado de seu poder. Se cometeu algum crime foi o de não defender a Constituição dos EUA, como jurou na cerimônia de posse.

O surgimento de Bill Clinton, "ungido" como candidato à presidência dos EUA na conferência de Bilderberg de 1991, em Baden-Baden, Alemanha, à qual ele esteve presente, também não é muito fácil de esclarecer. O que é completamente desconhecido pela maior parte da população mundial é que Bill Clinton, saindo da conferência, realizou uma inesperada viagem a Moscou, onde em uma terça-feira, 9 de junho de 1991, entrevistou-se durante uma hora com o Ministro do Interior soviético, Vadim Bakatin, ministro do já então condenado governo de Mikhail Gorbachev. Especula-se que Clinton tenha sido enviado a Moscou pelo Clube Bilderberg para conseguir que "enterrassem" os relatórios da KGB sobre a juventude do próprio Clinton e suas atividades contra a guerra do Vietnã, dois meses antes de anunciar a sua candidatura à presidência. Afinal, Vadim Bakatin, no governo de Boris Yeltsin, que sucedeu Gorbachev, foi nomeado para um importante cargo na KGB.

Como esses fatos podem ser verificados? É virtualmente impossível penetrar no Clube Bilderberg. Algumas provas não estão ao alcance porque fazem parte dos arquivos da Inteligência e só uma minoria privilegiada pode vê-las. Não esperem nunca que os meios de comunicação mencionem a conspiração nos telejornais da noite. E, como nada disso que consta no livro de Daniel Estulin aparece nos noticiários, as pessoas imaginam tratar-se de mais uma das muitas teorias de conspiração a serem desprezadas, freqüentemente ridicularizadas e, por fim, rejeitadas. Resumindo: "uma confusão dos diabos".

O objetivo do Clube Bilderberg é a busca de uma era pós-nacionalismo, em que já não haverá países, só regiões e valores universais. Ou seja, só uma economia universal, um governo universal (designado, não eleito) e uma religião universal. Para assegurar esses objetivos, os membros do Clube defendem um enfoque mais técnico e menos conhecimento por parte do público. Seu objetivo final é o controle de absolutamente tudo no mundo, em todos os sentidos da palavra: a atmosfera, os oceanos, os continentes com todas as suas criaturas. Agem como se fossem Deus na Terra.

Deus pode ter criado o Universo mas, no que diz respeito ao planeta Terra, a mensagem do Clube Bilderberg para Deus é simplesmente a seguinte: "Obrigado. Mas a partir de agora nós mesmos vamos tomar conta".

Recentemente, em 28 de fevereiro de 2006, Daniel Estulin denunciou, na Internet, as dificuldades para que seu livro seja vendido em Portugal e Espanha, inclusive com boicote por parte da editora Planeta, que o editou.

Fonte: A Verdadeira História do Clube Bilderberg, Daniel Estulin, editora Planeta, 2005.
______________________________________________________
Durante seu governo, FHC empenhou-se nas privatizações de empresas nacionais, principalmente da Vale do Rio Doce, prejudicou exportadores, facilitou as importações, destruiu inúmeras empresas nacionais com sua política econômica. Essa atitude, que favoreceu os exportadores do Primeiro Mundo, provocou enorme déficit comercial, causando recessão e desemprego. A complacência do Governo FHC com o capital internacional comprometeu o futuro e a integridade territorial do Brasil, colocando em risco a segurança nacional.

O que aconteceu com o cacau é um dos exemplos do “descuido” do Governo com nossos produtos de exportação. O Brasil passou de maior produtor mundial a importador do produto. Assim foi com a borracha. Os “aliados ingleses” depois de servidos e vitoriosos arruinaram os preços do produto, financiando produtores asiáticos. Hoje, o Brasil importa borracha e FHC assistiu impassível à ruína dos produtores nacionais de látex. Os produtores brasileiros de arroz foram arruinados, de Goiás ao Rio Grande do Sul. Hoje o Brasil importa o produto do Vietnã e da Coréia. Muitos produtores, arruinados pelo governo, plantam arroz além de nossas fronteiras, que é mais seguro, porque estão fora do alcance da ação predatória da “política” econômica do governo.

FHC nomeou para a fazenda o Sr. Pedro Malan, diretor do Banco Mundial, que promoveu a “Globalização” da economia brasileira, liberando importações, que consumiram mais de US$ 30 bilhões das reservas cambiais e dificultando as exportações com políticas cambiais equivocadas, juros e impostos altíssimos. Para substituir o dinheiro gasto com importações de supérfluos, o governo elevou os juros, incentivando o capital especulativo internacional a jogar no país, com isenção fiscal. A importação desenfreada e o alto custo do capital quebraram a empresa nacional, desempregando milhões de pessoas.

Enquanto os países do Primeiro Mundo protegem seus mercados com sobretaxas, barreiras sanitárias, “ecológicas” e “humanitárias”, exportando incentivos e subsídios, para garantir o emprego, o Brasil exporta impostos e promove a “execução sumária” do empresariado nacional, com juros extorsivos e liberação de importações.

Esse foi o terreno fértil, que os especuladores de Londres (a “City Londrina” - grupo de financistas capitaneados pelo Barão Rothschild, que controla a economia mundial a partir de Londres) tiveram à sua disposição. Contaram com a ação predatória do próprio governo para concretizar os seus objetivos: investir os capitais oriundos da venda de comodities na compra das empresas estatais e nacionais em dificuldades. Mesmo as empresas espanholas e portuguesas, que adquiriram grande parte do setor de Telecomunicações, são associadas da Britsh Telecon.

Vergonhosamente, ex-diretores do BNDES e do Banco Central, “promoveram” a “modelagem” das privatizações, para facilitar a rapina dos especuladores de Londres, como é o caso do Senhor Pérsio Arida e da Senhora Helena Landau, atualmente casados e donos do Banco Opportunity, que protagonizou o escândalo do grampo no BNDES.

Outro “conselheiro” do Presidente da República foi (e ainda é) o ex-diretor do Banco Central, Sr. Armínio Fraga, economista que, atualmente, administra o fundo de “investimentos” do Sr. George Soros, associado e parente dos Rothschilds de Londres. Considerando-se que George Soros é acusado de ter provocado a crise asiática, a partir da Tailândia, em julho de 1997, e que comprou a Vale do Rio Doce e a CSN e outras estatais, fica difícil acreditar, que os “enganos” do governo federal, na condução da economia, não tenham sido propositais.

O jornal The Economist, há algum tempo, elogiou Fernando Henrique, afirmando, que, em apenas quatro anos de governo, ele teria privatizado mais do que Thatcher em doze. O editorial concluiu, afirmando, que ainda faltaria muita coisa para FHC terminar o “processo”. (Vale a pena se reportar à Série CAI O PANO – 5, parte 2 (1)).

Objetivando apossar-se da Petrobras e outras estatais, a preço vil, os financistas programaram a reeleição de FHC para continuar com as privatizações, pulverizando ações com direito a voto - porque o controle acionário de uma empresa vale várias vezes a cotação de bolsa dos lotes normais, que não comprometem o controle. A União detinha 84% do controle da Petrobras, dos quais 40% foram vendidos na Bolsa de Nova York. A venda ocorreu por US$ 20 bilhões, quando o valor real das ações chegaria perto de US$ 100 bilhões, segundo avaliação do mercado e dos próprios engenheiros da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet).

Outro grande crime de lesa-pátria foi a Lei 9.478, de 1997, transferindo as reservas de petróleo da União para as grandes transnacionais de petróleo. Ao celebrar a promulgação da lei, o então genro de FHC, David Zilberstajn, comunista convertido a neoliberal (o que, na verdade, é a mesmíssima coisa), disse: “O petróleo é vosso”, deturpando a frase “O Petróleo é nosso” – que motivou a criação da Petrobrás, no segundo governo de Getúlio Vargas, pela pressão popular que, ironicamente, teve como um dos líderes o pai de FHC, o general Leônidas Fernandes Cardoso.

O “Plano Rothschild” para desmontar a Petrobrás começou com a nomeação de Zilberstajn para a Agência Nacional do Petróleo. Ele indicou para presidente da empresa um francês, Sr. HENRY PHILIPPE REICHSTUL (com passado de terrorista no Brasil, desprezando, inexplicavelmente, os naturais da terra para o cargo). A Agência Nacional de Petróleo (ANP) coordenou a entrega da Petrobrás na Inglaterra. A venda das ações da Petrobrás, coordenada pelos próprios interessados na compra, foi (e ainda é) caso de polícia. Esse crime já havia sido praticado anteriormente, na “doação” da Vale do Rio Doce, quando as financeiras que “modelaram” a privatização representavam os compradores.

Os compradores da Petrobrás foram os mesmos concorrentes que durante décadas procuraram ocultar a existência de óleo em nosso subsolo. Quando não deu mais para esconder o potencial petrolífero do país, resolveram “comprar” a Petrobrás, barato, com a colaboração de seus “aliados” no governo. Está claro, que o objetivo do governo FHC é submeter o perfil energético do país aos concorrentes externos. Doando a Petrobrás, a Nação certamente será tangida, ao bel prazer da pirataria internacional. O golpe em andamento visava saquear o Tesouro Nacional em cerca de 30 bilhões de dólares. Portanto, mesmo que a privatização da empresa fosse conveniente, a venda pulverizada de ações seria danosa, em virtude do aviltamento do preço final.

Num segundo governo Lula, a Petrobras, muito provavelmente, terminará de ser pulverizada. A Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) denunciou que a empresa sofrerá grandes prejuízos caso seja aprovado o projeto de Lei 226, do Senador Rodolfo Tourinho (PFL-BA), que confisca e entrega os dutos de óleo e gás da Petrobras para a Agência Nacional de Petróleo. Se isto acontecer, a ANP certamente vai arrendar os dutos para transnacionais e, igualmente, transferiria boa parte do gasoduto Bolívia-Brasil para a Shell e a British Gás. As duas empresas são proprietárias da Comgás, distribuidora de gás sediada em São Paulo, vendida a preço de banana, durante as privatizações da gestão FHC.

Os mega-negócios da Comgás interessam diretamente aos banqueiros Rothschild, que são os verdadeiros controladores da Shell e da British Gás, através da manipulação na venda de derivativos na Bolsa de Valores de Londres. Uma “pequena” disputa interna entre os donos do mundo (de um lado Wall Street e do outro a City Londrina) coloca o Brasil na posição de conquista fundamental tanto para um lado como para o outro, por uma simples questão de quem ficará com mais ouro negro. Por isso, todas as fichas de Londres apostam na reeleição de Lula.

Não é à toa que Lula - ou o “governo” brasileiro – não retaliou a Bolívia pela tomada dos investimentos da Petrobrás naquele país. É um jogo de cartas marcadas – tudo crise de fachada para acabar fazendo com que as coisas aconteçam de modo a satisfazer os planos dos “donos do mundo” para a América Latina. Incentivar a construção de novos gasodutos é importante para equilibrar os preços das ligas de nióbio – cujo comércio já está “encampado” pelas mega-empresas transnacionais – e permite incrementar o fluxo de “capitais não contabilizados” para fins de financiamento de projetos de “permanência no poder e de enriquecimento ilícito de muitos políticos e empresários brasileiros e sul-americanos”.

Dando continuidade ao projeto de internacionalização da Amazônia, o governo FHC além de ter sepultado a colonização, ao separar o INCRA do Ministério da Agricultura, e de continuar a financiar o MST, resolveu patrocinar uma proposta de financiamento internacional da “preservação ambiental” da Amazônia. Os países que “colaborarem” certamente terão o direito de opinar sobre o destino da região, comprometendo a soberania brasileira.

Já em 1997, a então Senadora pelo Acre, Marina Silva, foi convidada para uma recepção no Itamaraty pelo próprio presidente americano Bill Clinton, que se encontrava no Brasil. FHC e Bill tornaram-se grandes amigos quando ambos ainda eram presidentes. Marina Silva fez um relato completo sobre os programas de desenvolvimento auto sustentado na Floresta Amazônica, ao ex-presidente norte-americano (Cai o Pano – parte 1). Outra presença inusitada foi a do então Prefeito de Araxá (MG) – cidade onde se encontra a maior reserva produtora de Nióbio do mundo - Sr. Olavo Drumond. Os jornais da época publicaram o seguinte diálogo:

FHC, aprentando o prefeito: “o prefeito da cidade mais importante do Brasil...”.
Bill Clinton: “Conheço muito Araxá”

Lula é a perfeitamente sintonizada continuação de FHC, para cumprir os planos dos globalistas da Nova ordem Mundial. Não há nada de antagônico entre as duas personalidades, individualmente, nem entre seus partidos. Há várias evidências a este respeito. Em setembro de 2004, por exemplo, já no governo de Lula, estiveram reunidos em Campos do Jordão (167 km a nordeste de São Paulo) cerca de 62 personalidades, especialistas de diversas áreas do conhecimento, com o objetivo de "pensar os desafios do país nos próximos 50 anos". O encontro, que pretende ser anual e sem platéia, foi patrocinado pelo Instituto DNA Brasil, organização sem fins lucrativos cujo objetivo é "repensar o país estrategicamente, de forma sistemática e com preocupação interdisciplinar". O presidente do Conselho de Administração do Instituto DNA Brasil é João Sayad, colunista da Folha e ex-ministro do Planejamento (1985-1987 - Governo Sarney). Entre os presentes, estavam Fernando Henrique Cardoso (ex-presidente da República), João Pedro Stedile (MST), Luiz Marinho (presidente da CUT), Júlio Lancellotti (padre católico), Marina Silva (ministra do Meio Ambiente) e Roberto Freire (presidente do PPS).


Uma outra evidência, esta já bem mais contundente, é a de que figuras que aqui no Brasil se comportam como adversários políticos, e até como inimigos declarados, pareciam ser mais companheiras de “clube” do que nunca, quando estiveram, por exemplo, em Nova York, em maio deste ano (2006). O ex-presidente FHC, o prefeito de SP, José Serra, os senadores Aloizio Mercadante (PT), Renan Calheiros (PMDB-AL), José Sarney (PMDB-AP) e Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) participam todos da festa do presidente da Cia. Vale do Rio Doce, Roger Agnelli – na festa que o homenageava como “Homem do Ano”. Em Nova York também estiveram, na mesma época, o presidente do PSDB, Tasso Jereissati e o governador mineiro, Aécio Neves. Todos eles tinham explicações oficiais para sua estada na cidade. FHC e Tasso estavam lá para a homenagem a Agneli, da Vale; o governador mineiro para assinar contratos para empréstimos de US$ 330 milhões junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e ao Banco Mundial. O senador Mercadante porque participou de em evento do Banco Itaú, ao qual esteve presente também FHC - ambos como palestrantes.


FHC e Mercadante, inclusive, almoçaram juntos – precisamente no dia 18 de maio. Nesse almoço, os dois firmaram um acordo político-econômico de não-agressão entre o PSDB e o PT, caso se confirmasse a reeleição do presidente Lula. Por trás do pacto informal, o próximo governo petista se comprometeria a não alterar as atuais bases econômicas que interessam ao sistema financeiro internacional. A contrapartida ao natural apoio tucano na economia viria com o apoio do governo federal a um mega-projeto de concessões e parcerias público-privadas (termo que vem sendo pronunciado com muita freqüência pelo presidente Lula na sua campanha à reeleição) em rodovias, que movimentaria R$ 30 bilhões. Tal negócio foi montado pelo publicitário Paulo Henrique Cardoso, filho de FHC, que fechou uma parceria com um poderoso grupo de empreiteiros canadenses. Em troca das “privatizações” nas estradas, os tucanos apoiariam a reforma da previdência que será tocada por Luiz Gushiken, e que vem sendo elaborada desde o primeiro governo de FHC.


Em 2002, a empresa do petista (na época, Gushiken Associados, e, agora, sem o japonês de Lula na sociedade, se chama Global Previ) elaborou, para o Ministério da Previdência de FHC, o livro “Regime Próprio de Previdência dos Servidores: Como Implementar? Uma Visão Prática e Teórica”. Como se pode ver, não há nenhuma estranheza entre Lula e FHC – só na frente das câmeras e por traz da omissão da imprensa, não em publicar fatos que denotem essa “camaradagem”, mas sim em não dar às notícias a sua verdadeira vertente de significação.

O coordenador informal dos investimentos do PT junto aos grandes bancos internacionais, o plácido e agora já não mais “ofendido” pelos “surpreendentes” escândalos de corrupção em seu partido (que, inclusive o fizeram chorar em frente às câmeras dos jornais de todo o Brasil), o senador Aloizio Mercadante, na verdade, não tinha outra alternativa a não ser tirar Marta Suplicy da disputa ao Palácio dos Bandeirantes, mesmo sabendo que não teria chances contra o favorito tucano José Serra. Mercadante queria mesmo continuar no senado ou ter um cargo formal na área econômica: o ministério da Fazenda. No próximo governo Lula, finalmente, como “compensação” por sua provável derrota, deve assumir o tão sonhado ministério.


Voltando ao governo de FHC, não há como citá-lo sem contar a história de privatidoação (mistura de privatização, palavra oficialmente usada, com doação, palavra que expressa melhor a realidade) da Vale do Rio Doce.


A Vale do Rio Doce viabilizou-se, em 1942, por condescendência do presidente americano Franklin Roosevelt que necessitava de abastecimento regular de minério de ferro do Brasil, durante a Segunda Guerra Mundial. Em razão disso, o Governo Vargas nacionalizou a Itabira Irons, empresa mineradora Inglesa, dando origem à Vale. Mas, foi somente em 1952, que o Governo brasileiro assumiu o controle definitivo do sistema operacional da empresa. De lá para cá, a Vale cresceu tanto que, em 1993, um ano antes de FHC assumir seu primeiro mandato como presidente, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas classificou-a como a primeira no ranking nacional.


Um ano e meio depois, em 1º de junho de 1995, a Vale é incluída no Programa Nacional de Desestatização, pelo Decreto n° 1.510, assinado pelo já eleito presidente da República, FHC, e, em 7 de maio de 1997, a empresa foi privatizada pelo Consórcio Brasil, que, liderado pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), venceu o leilão realizado na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, adquirindo 41,73% das ações ordinárias do Governo Federal por US$ 3,338 bilhões.


O BNDES escolheu duas instituições financeiras internacionais para “modelar” a privatização da Vale do Rio Doce: a Merrill Lynch (ligada ao Grupo Rothschild, de Londres) e a Salomon Brothers (associada ao Bradesco). O Bradesco e o Grupo Rothschild, por serem diretamente interessados na privatização da Vale, não poderiam estabelecer o preço para depois adquirir a empresa, mas foi isso que aconteceu. O Bradesco foi afastado da concorrência porque o mercado levantou questões éticas contra sua participação no negócio, mas acabou participando indiretamente do consórcio vencedor com US$ 600 milhões. Na formação do preço mínimo, as consultorias levaram em consideração apenas, a capacidade da empresa de gerar capital no futuro, desprezando seu patrimônio líquido e seu potencial estratégico.


Várias ações populares foram ajuizadas em todo o país contra a privatização da Vale do Rio Doce. O leilão chegou a ser adiado, mas acabou acontecendo, e o poder do Brasil de ditar o preço dos metais no mundo foi transferido para o grupo Rothschild de Londres, que já controla mundialmente o valor dos metais (RTZ Mineração, Anglo American, Bolsa de Metais de Londres, controle do mercado de derivativos), porque domina a cadeia produtiva mundial completa (mineração, transporte, transformação, comercialização e cotações na Bolsa de Metais de Londres).


Quanto vale ditar o preço dos metais no mundo? Não tem preço, porque é estratégico. O patrimônio líquido da Vale é de menor importância, na medida em que o fundamental é poder fazer pressão sobre os mercados financeiros, para aumentar o mercado de exportações de produtos brasileiros. Esse é o principal motivo pelo qual a Vale do Rio Doce jamais deveria ter sido privatizada: impor-se comercialmente no mundo e conquistar novos mercados de exportação.


Muitas palavras poderiam definir as ações do governo de FHC em relação à Vale do Rio Doce, mas TRAIÇÃO, no caso, ao Brasil, seria a mais adequada. Após favorecer os exportadores do Primeiro Mundo, prejudicar as empresas nacionais, fragilizar o país com déficits comerciais e “privatizar” a Vale, o presidente Fernando Henrique Cardoso foi homenageado pelo Governo Britânico, pela família real inglesa e, principalmente, por financistas e empresários ingleses. E até hoje circula entre eles como o gentleman da transnacionalização do Brasil.


Em 1999, a Vale teve o maior lucro de sua história: R$ 1,251 bilhão. Em 2003, a empresa apresentou o maior lucro líquido de sua história: R$ 4,509 bilhões. Neste mesmo ano, a Vale reforçou sua posição de maior investidora privada do país, ao aplicar US$ 1,988 bilhão. Apesar de informar em seu site que nenhuma empresa desenvolveu tantos projetos no Brasil, não há afirmação de que esses US$ 1,988 bilhão tenham sido investidos dentro do país. No dia 5 de Janeiro de 2004, as ações da Vale atingiram um recorde histórico de rendimento, fazendo com que alcançasse valor superior a R$ 23 bilhões no mercado. Esse valor superior a R$ 23 bilhões, que a Vale divulga em seu site, tem registro na Bolsa de Nova York: atingiu a marca histórica de US$ 60 bilhões e 679 milhões de dólares, com base na cotação dos American Depositary Receipts (ADRs) da empresa, que foram negociados. No ranking das maiores mineradoras do mundo, a Vale está em quarto lugar, atrás da BHP Billiton (US$ 134,442 bilhões), Rio Tinto (US$ 77,375 bilhões) e AngloAmerican (US$ 65,472 bilhões).


O Brasil perdeu dinheiro e poder. A “privatidoação” da Vale está sob judice, podendo ser decretada a anulação da negociata, por decisão judicial.


continua...