6 de setembro de 2006

Série CAI O PANO - 8

CAI O PANO – Parte 2 (4)
GOVERNOS...
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Pequena Introdução
Por ser esta série de artigos longa e ter que ser divulgada em capítulos, pode a princípio passar a impressão de que rumará ao ufanismo anti-imperialista, como acontece com tantas outras análises. Não rumará. Ela pretende estabelecer uma base de raciocínio para a discussão de um posicionamento brasileiro em relação às forças de poder mundialmente estabelecidas, a fim de transformar o Brasil, de objeto manipulado, em parceiro consciente, com direito a voto e a todos os benefícios de desenvolvimento, pela posição estratégica que ocupa no cenário de disputa mundial. O objetivo é: Conhecimento, Conscientização, Escolha de Parceiros Ideológicos e Econômicos (Pró-Ocidentais) e Imposição Inteligente de Contrapartidas Beneficiadoras.
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Ao analisarmos, nos aspectos relevantes a este tema, o desempenho dos governos, desde José Sarney a Lula, poderemos perceber os fundamentos de uma continuidade metodicamente planejada de fora para dentro do país - um fio condutor rígido cercado de alegorias que acabam por escondê-lo, propositadamente, é claro.

José Sarney

O governo de Sarney, para o que nos interessa, foi marcado, na área econômica, pela implantação do Plano Cruzado - que teve efeito imediato na contenção da inflação e no aumento do poder aquisitivo da população. Milhares de consumidores passaram a fiscalizar os preços no comércio e a denunciar as remarcações. Quem não se lembra dos fiscais do Sarney? Mas, apenas quatro meses depois, ocorreu uma grave crise de abastecimento, os fornecedores passaram a cobrar ágio para vender suas mercadorias e a inflação voltou a subir. O governo manteve o congelamento para extrair bons dividendos políticos nas eleições que estavam por vir. Deu certo: elegeram Governadores, Prefeitos e a maior bancada no Congresso.

Estava pronto o cenário ideal para elaborar e aprovar a Constituição de 1988 – baseada já na ideologia do politicamente correto que foi e ainda é o principal instrumento de manipulação e controle por parte da esquerda internacional globalista e a condução das políticas econômico-administrativas, que se deu inteiramente na direção do que estava estabelecido no Consenso de Washington. Sarney é um dos mais poderosos homens do Brasil até hoje e, não há como negar: é um camaleão, associando-se aos mais diferentes políticos e partidos, conforme a ocasião.

Em janeiro de 1984, ocorre o primeiro encontro do MST em Cascavel, no Paraná, onde se reafirmou a necessidade da ocupação como uma ferramenta legítima dos trabalhadores rurais. A partir daí, começou-se a pensar um movimento com preocupação orgânica, com objetivos e linha política definidos. Em 1985, o MST realizou seu primeiro Congresso Nacional, em Curitiba (PR), cuja palavra de ordem era: "Ocupação é a única solução". Neste mesmo ano, o governo de José Sarney aprova o Plano Nacional de Reforma Agrária (PNRA), que tinha por objetivo dar aplicação rápida ao Estatuto da Terra e viabilizar a Reforma Agrária até o fim do mandato do presidente, assentando 1,4 milhão de famílias, mas, apenas 6% das metas estabelecidas foi cumprida.

Com a articulação para a Assembléia Constituinte, os ruralistas se organizam na criação da União Democrática Ruralista (UDR) e conseguiram impor emendas na Constituição de 1988. Os movimentos sociais também tiveram uma importante conquista nos artigos 184 e 186, que fazem referência à função social da terra e determinam que, quando ela for violada, seja desapropriada para fins de Reforma Agrária. Esse foi também um período em que o MST reafirmou sua autonomia, definiu seus símbolos, bandeira, hino.

Fernando Collor

Fernando Affonso Collor de Mello foi presidente do Brasil entre 1990 e 1992, eleito pelo PRN (Partido da Reconstrução Nacional). A única informação que nos interessa sobre ele, antes de entrar na vida pública, é a de que foi gerente do Fundo Oportunitty. Isso talvez o tenha aproximado dos donos do mundo (de Wall Street e da City Londrina), que viram nele boas chances de dar prosseguimento ao projeto de aniquilamento do Brasil como nação. Na primeira eleição direta para Presidente da República desde 1960, ele derrotou Leonel Brizola, Paulo Maluf e Luiz Inácio Lula da Silva em uma acirrada eleição presidencial.

Collor exibia-se como um símbolo da modernidade, em termos de comportamento, postura e política econômica. Elegeu como principal prioridade de seu governo a luta contra a inflação, que chegava a alcançar taxas de 25% ao mês. Imediatamente após tomar posse, lançou o Plano Brasil Novo, elaborado pela equipe da ministra da Economia, Zélia Cardoso de Mello. Esse plano incluía principalmente as seguintes medidas: 1) congelamento de milhões de poupanças e aplicações financeiras, por dezoito meses; 2) a extinção do cruzado novo e a volta do cruzeiro como moeda nacional; 3) o congelamento de preços e salários; 4) o fim de subsídios e incentivos fiscais; 5) a extinção de vários órgãos do governo (Instituto do Açúcar e do Álcool, Instituto Brasileiro do Café, Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste, Departamento Nacional de Obras contra a Seca (DNOCS)); e o lançamento do Programa Nacional de Desestatização.

Os planos econômicos do governo Collor pecaram pelo autoritarismo e pelo intervencionismo exagerado. As radicais mudanças econômicas impostas à nação - congelamentos, confiscos, bloqueios, interferência nos sistemas de contratos econômicos - não conseguiram eliminar a inflação nem dar estabilidade à economia. Em julho de 1990, foram implementadas reduções nas tarifas alfandegárias, dando início à abertura internacional da economia brasileira. O pagamento da dívida externa do Brasil foi escalonado, depois de sucessivos acertos junto ao FMI, ao Clube de Paris e a outros credores do país - a dívida voltaria a ser paga a partir de 1992. As reservas cambiais às vésperas da queda de Collor atingiram o índice recorde de 20,5 bilhões de dólares (a mesma coisa que acontece hoje no governo Lula).

Em 1992, Collor havia rompido, aparentemente, com quase toda a elite brasileira tendo desafiado os bancos, a FIESP, a indústria automobilística, etc. Seu próprio irmão, Pedro Collor, fez uma série de denúncias, revelando indícios de propinas e desvios de verbas públicas no governo que envolviam o presidente diretamente, bem como seu antigo tesoureiro de campanha, PC Farias. A enxurrada de denúncias, o apoio da mídia e a mobilização de partidos políticos e da UNE geraram amplas manifestações populares nas principais cidades do Brasil, até que, em outubro de 92, o Congresso votou pela suspensão de Collor do cargo. Enquanto o processo de impeachment corria no Senado, o presidente renunciou, em 29 de Dezembro de 1992. Collor foi sucedido pelo seu vice-presidente, Itamar Franco.

As irregularidades que marcaram o governo Collor envolveram, sob a acusação de corrupção, membros de sua equipe, a própria primeira-dama Rosane Collor, além de secretárias, amigos e funcionários que agiam próximos ao presidente. Escândalos no processo de privatização da VASP, na LBA (Legião Brasileira de Assistência), no INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), nos CIACs (Centro Integrados de Atendimento à Criança) e na Central de Medicamentos mostraram um panorama desolador de corrupção. Depois de 84 dias de trabalho, uma CPI instaurada no Congresso esclareceu definitivamente o envolvimento de Collor com o esquema de tráfico de influências dirigido por Paulo César Farias. O relatório final da Comissão colocou praticamente um ponto final no governo de Fernando Collor de Mello.

Collor foi absolvido das 103 acusações feitas contra ele. Em Dezembro de 1994, foi absolvido das acusações de corrupção pelo Superior Tribunal de Justiça brasileiro, por cinco votos a favor e três contrários. Mesmo assim, continuou suspenso da vida pública por 8 anos. Collor também foi acusado perante o Supremo Tribunal Federal de crime comum por formação de quadrilha, mas foi absolvido por falta de provas. Em 23 de junho de 1996, PC Farias foi encontrado morto em circunstâncias até hoje não totalmente esclarecidas.
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Istoé - 30/08/2006 - Por Mário Simas Filho
Foi homicídio
Justiça enterra a farsa do crime passional e seguranças serão julgados pelo assassinato de PC Farias
Demorou muito, mas, dez anos e dois meses depois de chocar o País, o mistério em torno das mortes do empresário Paulo César Farias – o PC, ex-tesoureiro do presidente cassado Fernando Collor de Mello – e de sua namorada, Suzana Marcolino, chega ao fim. Por decisão do Superior Tribunal de Justiça, quatro ex-seguranças de PC irão a júri popular, acusados de duplo homicídio. A sentença do STJ enterra definitivamente a tese do crime passional – Suzana teria matado PC e se matado em seguida –, versão montada pela família Farias, adotada pela polícia alagoana e amparada em uma questionável perícia coordenada pelo legista Fortunato Badan Palhares.

Em junho de 1996, quando ocorreu o crime, reportagem de ISTOÉ já denunciava a farsa armada em torno do crime passional. PC era, até então, o maior conhecedor dos segredos dos subterrâneos da política nacional, que haviam levado ao processo de impeachment do presidente Fernando Collor quatro anos antes. Dono de uma fortuna depositada em contas bancárias no Exterior, ele vivia cercado por um forte esquema de segurança e morreu assassinado no próprio quarto, em sua casa de praia, em Guaxuma, litoral norte de Maceió. Adeílton Costa dos Santos, Reinaldo Correia Lima Filho, José Geraldo da Silva e Josemar Faustino dos Santos, os seguranças que serão julgados, estavam na casa na madrugada do crime. Alegaram que nada viram e nem sequer ouviram os tiros disparados no interior de uma casa de madeira em uma região quase deserta. “Eles tinham o dever de agir e não agiram. Ou se omitiram ou foram cúmplices”, diz o promotor Luís Vasconcelos, um dos principais responsáveis para que o caso não fosse encerrado sem a punição dos assassinos.

A decisão do STJ, porém, não afeta a todos os que a Justiça de Alagoas entendeu terem participação no crime. O irmão de PC, Augusto Farias, na época deputado federal, chegou a ser apontado como autor intelectual do duplo homicídio. Como parlamentar, porém, teve a prerrogativa de ter sua situação examinada pela Procuradoria Geral da República, e acabou se livrando do processo. “A Justiça tardou, mas se fez presente. Seria uma aberração encerrar esse caso como um crime passional, pois todas as provas técnicas mostram o contrário. PC foi vítima de uma trama, de uma queima de arquivo”, diz o legista George Sanguinetti, da Universidade de Alagoas, um dos primeiros a questionar publicamente a tese defendida pela família Farias e responsável por desconstruir o laudo coordenado por Palhares. O julgamento dos seguranças, todos da Polícia Militar de Alagoas, deverá ocorrer no início do próximo ano.

PERGUNTA ÓBVIA: onde está o motivo?... Que justiça é essa?
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Mas, nessa história há um detalhe que ficou praticamente desvinculado da crise do governo Collor e que, por coincidência, fazia (e ainda faz) parte importante do plano de contenção da expansão da agricultura comercial brasileira (o agrobusiness) – interesse das transnacionais. A eleição de Fernando Collor de Melo representou um retrocesso na luta do MST, já que o presidente era declaradamente contra a Reforma Agrária e tinha ruralistas como seus aliados de governo. Foram tempos de repressão contra os Sem Terra.

Muito comparado ao governo de Lula, pela quantidade de denúncias de corrupção e irregularidades, Collor não esteve envolvido em um quinto sequer do que se supõe estar Lula. Entretanto, somente Collor se viu forçado a renunciar para não sofrer o impeachment. Entre os dois, se compararmos as acusações, as suspeitas e as naturezas dos crimes, Lula estaria bem mais encrencado. Porém, a elite (que Lula finge que quer derrubá-lo) está do seu lado, bem como os interesses das transnacionais globalistas. É necessário acrescentar que Collor, ainda que aceitando algumas das imposições dos “mega-poderosos-donos-do-mundo”, tentou estabelecer o Estado mínimo (talvez este o seu maior crime contra os poderosos), justamente o contrário do que fez seu sucessor (nas urnas), Fernando Henrique Cardoso. Donde se conclui que os motivos que derrubaram Collor têm grandes chances de serem os mesmos que mantém Lula na presidência da república.

Hoje, 17 anos depois de fazer campanha contra o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva e seu partido (o PT) e de ter sofrido outra campanha pela sua saída da presidência, também pelo PT, o ex-presidente Fernando Collor de Mello declarou apoio à reeleição do presidente e fez críticas ao candidato tucano à Presidência da República, Geraldo Alckmin, no seu programa eleitoral como candidato ao Senado, pelo Partido Renovador Trabalhista (PRT): "Vou votar na reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva porque ele é um nordestino” e justificou sua opção: "Lula conhece bem as raízes do nosso povo, as carências e tem agido rápido no sentido de resolver os problemas do Nordeste".

Fernando Henrique Cardoso

O próprio FHC se define, na presidência, como aquele que colocou o País dentro das recém-formadas “sociedades em rede”, cujas principais características são as “novas formas de sociabilidade que saltam as muralhas dos territórios nacionais e as barreiras de lealdades dos grupos de interação primária, nas quais as relações se dão face a face, como a família, os grupos de trabalho ou os partidos e igrejas”.

A idéia é atacar a figura do Estado-Nação, (mas não a do Estado “Pai”, onipresente e sem fronteiras – o Estado Mundial) que tem como base ou o liberalismo democrático ou o socialismo totalitário, para criar um novo modelo “não mais baseado no partido-Príncipe, mas na mobilização difusa e participativa, mais espontânea e, portanto, menos previsível, dos que acreditam num mundo melhor”. É o mais novo valor agregado ao conceito de Utopia, dentre tantos outros que, desconsiderando a própria e fundamental natureza humana, pregaram a igualdade entre os homens para construir o paraíso na Terra, mas, não segundo os conceitos individuais de paraíso de cada ser humano, e sim segundo os daqueles que possuem dinheiro e armas para impor o que entendem por mundo perfeito.

Assim que eleito, antes da posse, FHC viajou para a Europa, e entrevistou-se em Londres com o Barão de Rothschild, financista internacional, que dirige o grupo que leva seu nome e que controla o comércio de metais no mundo há cerca de 300 (trezentos) anos.
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Clube Bilderberg: o Governo Mundial na sombra
por Carlos I.S. Azambuja - em 10 de agosto de 2006
© 2006 MidiaSemMascara.org
Durante os últimos 50 anos, um grupo seleto de políticos, empresários, banqueiros e poderosos em geral tem se reunido secretamente para planejar as grandes decisões que movem o mundo e que, depois, simplesmente acontecem. O livro A Verdadeira História do Clube Bilderberg, de autoria do jornalista e especialista em comunicação Daniel Estulin, que há 13 anos investiga as atividades secretas do Clube Bilderberg e que foi ganhador de três prêmios de pesquisa nos EUA e Canadá, aponta quem aciona os controle por detrás da fachada das organizações internacionais conhecidas. O livro foi editado em 28 países em 21 idiomas. Segundo o autor, a 1ª edição na Venezuela, Colômbia e México foi esgotada em menos de 4 horas e causou manifestações em frente às embaixadas dos EUA que, como é óbvio, ninguém viu e nem ouviu na TV ou nos noticiários de imprensa. A seguir, você vai saber o motivo.

O texto abaixo – que uma amiga minha considerou "uma confusão dos diabos" - é uma resenha desse livro. Mas, como disse Sun Tzu, para combater um inimigo é preciso conhecê-lo, pois não se pode lutar contra algo que não se conhece.

A verdadeira história do Clube Bilderberg é uma narração da subjugação impiedosa da população por parte de seus governantes. Um Estado Policial Global que ultrapassa o pior pesadelo de Orwell, com um governo invisível, onipresente, que manipula os fios desde a sombra, que controla o governo dos EUA, a União Européia, a Organização Mundial de Saúde, as Nações Unidas, o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e outras instituições similares. E, o mais espantoso de tudo, formula os projetos futuros da Nova Ordem Mundial.

Muitos grandes empresários, políticos, incluindo alguns de seus colaboradores, estão lutando para impor limites ao Clube, alguns de fora, outros de dentro, se bem que de forma encoberta. Esse interesse de dominar o mundo não é novidade na história da Humanidade. Outros já tentaram antes.

O lado obscuro do Clube Bilderberg – o pior mal já enfrentado pela humanidade – está entre nós e utiliza os novos e amplos poderes de coação e terror que a ditadura do complexo industrial-militar global – segundo palavras do autor - requer para acabar com a resistência e governar aquela parte do mundo que resiste às suas intenções.

Cada nova medida, por si só, pode parecer uma aberração mas o conjunto de mudanças, que formam parte do processo em curso, constitui um movimento em direção à Escravidão Total. A batalha está se realizando neste preciso instante em que você lê esta matéria e a ditadura global – o Governo Mundial Único – está vencendo.

O objetivo dos que lutam contra essa ditadura global é defender a nossa intimidade pessoal e nossos direitos individuais, a pedra angular da liberdade. E essa batalha envolve o Congresso dos EUA, a União Européia, os tribunais, as redes de comunicação, as câmeras de vigilância, a militarização da polícia, os campos de concentração, as tropas estrangeiras estacionadas em solo de diversos países, os mecanismos de controle de uma sociedade sem dinheiro em espécie, os microchips implantáveis, o rastreamento por satélite GPS, os cartões de identificação por radiofreqüência (RFID), o controle da mente, as contas bancárias, os cartões inteligentes e outros dispositivos de identificação que o Grande Irmão nos impõe e que conectam os detalhes da nossa vida a enormes bancos de dados secretos dos governos.

Os caminhos que forem tomados agora determinarão o futuro da humanidade: se passaremos a fazer parte de um Estado policial eletrônico global ou se continuaremos como seres humanos livres.

O Clube do governo mundial na sombra decide, numa reunião anual secreta, como devem ser realizados seus projetos diabólicos. Quando se celebram essas reuniões, não por acaso seguem-se guerras, a fome, a pobreza, a derrubada de governos e abruptas e surpreendentes mudanças políticas, sociais e monetárias.

Skinner – Burrhus Frederic Skinner -, cientista do comportamento e do aprendizado, colaborador do Instituto Tavistock – organização de pesquisa no campo da psicologia social aplicada – que, por sua vez, é colaboradora do Clube Bilderberg, considera a população em geral incompetente para educar seus filhos e propõe como sociedade ideal aquela em que os filhos são separados das famílias por ocasião do nascimento e educados pelo Estado, que paga aos pais por seus filhos uma determinada quantia, em centros onde passam a viver.

Outra forma de manipulação de conduta utilizada pelo Clube Bilderberg é conseguir que as pessoas obtenham algo que desejam em troca da renúncia de outra coisa, principalmente a liberdade.

Se bem que o Clube Bilderberg, a Comissão Trilateral, a Mesa-Redonda, o Conselho de Relações Internacionais, as Nações Unidas, o Fundo Monetário Internacional, o Clube de Roma e algumas outras organizações realizem seus planejamentos e suas gestões em particular; a imprensa, as rádios e as cadeias de TV se negam a cobrir o tema e não se atrevem a falar dele. Isso mantém a maioria da população num estado contínuo de ansiedade interior porque as pessoas estão demasiado ocupadas garantindo sua própria sobrevivência ou lutando por ela.

A técnica do Clube Bilderberg consiste em submeter a população e levar a sociedade a uma forte situação de insegurança, angústia e terror, de maneira que as pessoas cheguem a sentir-se tão exaltadas que peçam, aos gritos, uma solução, qualquer que seja. Essa técnica tem sido aplicada às gangues de rua, às crises financeiras, às drogas e ao atual sistema educacional e prisional.

Com relação ao sistema educacional é necessário dar a conhecer que os estudos realizados pelo Clube Bilderberg demonstram que conseguiram diminuir o coeficiente intelectual médio da população. Para conseguir isso não só manipulam as escolas e as empresas, mas também têm se apoiado na arma mais letal que possuem: a televisão e seus programas de baixo nível, para afastar a população de situações estimulantes e conseguir assim entorpecê-la.

O objetivo final desse pesadelo – ou dessa "confusão dos diabos"... - é um futuro que transformará a Terra num planeta-prisão por meio de um Mercado Globalizado Único – que tornou o mundo plano -, vigiado por um Exército Mundial Único, regulado economicamente por um Banco Mundial e habitado por uma população controlada por microchips cujas necessidades vitais terão sido reduzidas ao materialismo e à sobrevivência: trabalhar, comprar, procriar, dormir, tudo conectado a um computador global que supervisionará cada um de nossos movimentos.

Os membros do Bilderberg "possuem" os bancos centrais e, portanto, estão em condições de determinar os tipos de interesses, a disponibilidade de dinheiro, o preço do ouro e quais os países que devem receber quais empréstimos. Ao movimentar divisas, os membros do Bilderberg ganham milhares de dólares.

Desde 1954, os sócios do Bilderberg representam a elite das nações ocidentais - financistas, industriais, banqueiros, políticos, líderes de corporações multinacionais, presidentes, primeiros-ministros, ministros das Finanças, secretários de Estado, representantes do Banco Mundial, OMC, FMI, executivos dos meios de comunicação e lideranças militares -, um governo nas sombras que se reúne em segredo para debater e conseguir um consenso sobre a estratégia global. Todos os presidentes dos EUA, desde Eisenhower, pertenceram ao Clube. Também Tony Blair, assim como Lionel Jospin, Romano Prodi, ex-presidente da Comissão Européia, Mario Monti, comissário europeu para a Concorrência, Pascal Lamy, comissário do Comércio, José Manuel Durão Barroso, atual presidente da Comissão Européia, Alan Greenspan, chefe do FED (o Banco Central dos EUA), Hillary Clinton, John Kerry, a ministra de Assuntos Internacionais da Suécia, assassinada, Anna Lindh, Melinda e Bill Gates, Henry Kissinger, a dinastia Rothschild, Jean-Claude Trichet, cabeça visível do Banco Central Europeu, James Wolfenson, presidente do Banco Mundial, Javier Solana, ex-Secretário Geral do Conselho da Comunidade Européia, o financista George Soros, um especulador capaz de derrubar moedas nacionais em proveito próprio, e todas as famílias reais da Europa. Juntamente com eles sentam-se os grandes proprietários dos meios de comunicação, pessoas que controlam tudo o que se lê e assiste.

Em 2004, no Grande Hotel des Iles Borromées, em Stresa, Itália, em mais um Encontro, celebrou-se o 50º aniversário do Grupo, que foi constituído entre os dias 29 e 31 de maio de 1954 no hotel Bilderberg (daí o nome de Grupo Bilderberg), na localidade holandesa de Oosterbeckl em um evento organizado pelo príncipe Bernard, da Holanda.

Tanto Donald Rumsfeld, atual Ministro da Defesa dos EUA, como o general Peter Sutherland, da Irlanda, são membros do Bilderberg. Sutherland é ex-comissário europeu e presidente da Goldman, Sachs e Britsh Petroleum. Rumsfeld e Sutherland ganharam um bom dinheiro em 2000 trabalhando juntos no conselho da companhia energética suíça ABB (Asea Brown Bovery Ltda). Sua aliança secreta tornou-se pública quando se descobriu que a ABB havia vendido dois reatores nucleares a um membro ativo do "eixo do mal", a Coréia do Norte!

Por outro lado, é muito difícil resumir como o Clube Biderberg esteve envolvido com a administração de Ronald Reagan, eleito presidente dos EUA em 1980. Todos os cargos importantes do governo foram ocupados por socialistas fabianos, recomendados pelo Heritage Foundation do Bilderberg/Rockefeller (um parêntesis para assinalar que a Heritage Foundation, fundada em 1973, apresenta-se como um instituto educacional de pesquisa que formula e promove políticas públicas e conservadoras baseadas nos princípios de livre-empresa, governo limitado e liberdade individual, o que torna essa afirmativa – pelo menos essa – inverossímil); com o assassinato de Aldo Moro - morto pelo grupo maçon P2, com o objetivo de alinhar a Itália com o Clube de Roma e com Bilderberg; com o assassinato de Ali Bhutto, presidente do Paquistão, em 1979, que queria desenvolver armas nucleares como elemento de dissuasão contra "as contínuas agressões israelenses no Oriente Médio"; com a deposição do Xá do Irã pelo aiatolá Khomeini, uma criação da VI Divisão de Inteligência Militar britânica, popularmente conhecida como MI6 (sobre o qual o Parlamento britânico não tem jurisdição); ou com o caso Watergate. Ao contrário do que sempre afirmou o Washington Post, não houve nenhuma "evidência" de que Nixon tenha abusado de seu poder. Se cometeu algum crime foi o de não defender a Constituição dos EUA, como jurou na cerimônia de posse.

O surgimento de Bill Clinton, "ungido" como candidato à presidência dos EUA na conferência de Bilderberg de 1991, em Baden-Baden, Alemanha, à qual ele esteve presente, também não é muito fácil de esclarecer. O que é completamente desconhecido pela maior parte da população mundial é que Bill Clinton, saindo da conferência, realizou uma inesperada viagem a Moscou, onde em uma terça-feira, 9 de junho de 1991, entrevistou-se durante uma hora com o Ministro do Interior soviético, Vadim Bakatin, ministro do já então condenado governo de Mikhail Gorbachev. Especula-se que Clinton tenha sido enviado a Moscou pelo Clube Bilderberg para conseguir que "enterrassem" os relatórios da KGB sobre a juventude do próprio Clinton e suas atividades contra a guerra do Vietnã, dois meses antes de anunciar a sua candidatura à presidência. Afinal, Vadim Bakatin, no governo de Boris Yeltsin, que sucedeu Gorbachev, foi nomeado para um importante cargo na KGB.

Como esses fatos podem ser verificados? É virtualmente impossível penetrar no Clube Bilderberg. Algumas provas não estão ao alcance porque fazem parte dos arquivos da Inteligência e só uma minoria privilegiada pode vê-las. Não esperem nunca que os meios de comunicação mencionem a conspiração nos telejornais da noite. E, como nada disso que consta no livro de Daniel Estulin aparece nos noticiários, as pessoas imaginam tratar-se de mais uma das muitas teorias de conspiração a serem desprezadas, freqüentemente ridicularizadas e, por fim, rejeitadas. Resumindo: "uma confusão dos diabos".

O objetivo do Clube Bilderberg é a busca de uma era pós-nacionalismo, em que já não haverá países, só regiões e valores universais. Ou seja, só uma economia universal, um governo universal (designado, não eleito) e uma religião universal. Para assegurar esses objetivos, os membros do Clube defendem um enfoque mais técnico e menos conhecimento por parte do público. Seu objetivo final é o controle de absolutamente tudo no mundo, em todos os sentidos da palavra: a atmosfera, os oceanos, os continentes com todas as suas criaturas. Agem como se fossem Deus na Terra.

Deus pode ter criado o Universo mas, no que diz respeito ao planeta Terra, a mensagem do Clube Bilderberg para Deus é simplesmente a seguinte: "Obrigado. Mas a partir de agora nós mesmos vamos tomar conta".

Recentemente, em 28 de fevereiro de 2006, Daniel Estulin denunciou, na Internet, as dificuldades para que seu livro seja vendido em Portugal e Espanha, inclusive com boicote por parte da editora Planeta, que o editou.

Fonte: A Verdadeira História do Clube Bilderberg, Daniel Estulin, editora Planeta, 2005.
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Durante seu governo, FHC empenhou-se nas privatizações de empresas nacionais, principalmente da Vale do Rio Doce, prejudicou exportadores, facilitou as importações, destruiu inúmeras empresas nacionais com sua política econômica. Essa atitude, que favoreceu os exportadores do Primeiro Mundo, provocou enorme déficit comercial, causando recessão e desemprego. A complacência do Governo FHC com o capital internacional comprometeu o futuro e a integridade territorial do Brasil, colocando em risco a segurança nacional.

O que aconteceu com o cacau é um dos exemplos do “descuido” do Governo com nossos produtos de exportação. O Brasil passou de maior produtor mundial a importador do produto. Assim foi com a borracha. Os “aliados ingleses” depois de servidos e vitoriosos arruinaram os preços do produto, financiando produtores asiáticos. Hoje, o Brasil importa borracha e FHC assistiu impassível à ruína dos produtores nacionais de látex. Os produtores brasileiros de arroz foram arruinados, de Goiás ao Rio Grande do Sul. Hoje o Brasil importa o produto do Vietnã e da Coréia. Muitos produtores, arruinados pelo governo, plantam arroz além de nossas fronteiras, que é mais seguro, porque estão fora do alcance da ação predatória da “política” econômica do governo.

FHC nomeou para a fazenda o Sr. Pedro Malan, diretor do Banco Mundial, que promoveu a “Globalização” da economia brasileira, liberando importações, que consumiram mais de US$ 30 bilhões das reservas cambiais e dificultando as exportações com políticas cambiais equivocadas, juros e impostos altíssimos. Para substituir o dinheiro gasto com importações de supérfluos, o governo elevou os juros, incentivando o capital especulativo internacional a jogar no país, com isenção fiscal. A importação desenfreada e o alto custo do capital quebraram a empresa nacional, desempregando milhões de pessoas.

Enquanto os países do Primeiro Mundo protegem seus mercados com sobretaxas, barreiras sanitárias, “ecológicas” e “humanitárias”, exportando incentivos e subsídios, para garantir o emprego, o Brasil exporta impostos e promove a “execução sumária” do empresariado nacional, com juros extorsivos e liberação de importações.

Esse foi o terreno fértil, que os especuladores de Londres (a “City Londrina” - grupo de financistas capitaneados pelo Barão Rothschild, que controla a economia mundial a partir de Londres) tiveram à sua disposição. Contaram com a ação predatória do próprio governo para concretizar os seus objetivos: investir os capitais oriundos da venda de comodities na compra das empresas estatais e nacionais em dificuldades. Mesmo as empresas espanholas e portuguesas, que adquiriram grande parte do setor de Telecomunicações, são associadas da Britsh Telecon.

Vergonhosamente, ex-diretores do BNDES e do Banco Central, “promoveram” a “modelagem” das privatizações, para facilitar a rapina dos especuladores de Londres, como é o caso do Senhor Pérsio Arida e da Senhora Helena Landau, atualmente casados e donos do Banco Opportunity, que protagonizou o escândalo do grampo no BNDES.

Outro “conselheiro” do Presidente da República foi (e ainda é) o ex-diretor do Banco Central, Sr. Armínio Fraga, economista que, atualmente, administra o fundo de “investimentos” do Sr. George Soros, associado e parente dos Rothschilds de Londres. Considerando-se que George Soros é acusado de ter provocado a crise asiática, a partir da Tailândia, em julho de 1997, e que comprou a Vale do Rio Doce e a CSN e outras estatais, fica difícil acreditar, que os “enganos” do governo federal, na condução da economia, não tenham sido propositais.

O jornal The Economist, há algum tempo, elogiou Fernando Henrique, afirmando, que, em apenas quatro anos de governo, ele teria privatizado mais do que Thatcher em doze. O editorial concluiu, afirmando, que ainda faltaria muita coisa para FHC terminar o “processo”. (Vale a pena se reportar à Série CAI O PANO – 5, parte 2 (1)).

Objetivando apossar-se da Petrobras e outras estatais, a preço vil, os financistas programaram a reeleição de FHC para continuar com as privatizações, pulverizando ações com direito a voto - porque o controle acionário de uma empresa vale várias vezes a cotação de bolsa dos lotes normais, que não comprometem o controle. A União detinha 84% do controle da Petrobras, dos quais 40% foram vendidos na Bolsa de Nova York. A venda ocorreu por US$ 20 bilhões, quando o valor real das ações chegaria perto de US$ 100 bilhões, segundo avaliação do mercado e dos próprios engenheiros da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet).

Outro grande crime de lesa-pátria foi a Lei 9.478, de 1997, transferindo as reservas de petróleo da União para as grandes transnacionais de petróleo. Ao celebrar a promulgação da lei, o então genro de FHC, David Zilberstajn, comunista convertido a neoliberal (o que, na verdade, é a mesmíssima coisa), disse: “O petróleo é vosso”, deturpando a frase “O Petróleo é nosso” – que motivou a criação da Petrobrás, no segundo governo de Getúlio Vargas, pela pressão popular que, ironicamente, teve como um dos líderes o pai de FHC, o general Leônidas Fernandes Cardoso.

O “Plano Rothschild” para desmontar a Petrobrás começou com a nomeação de Zilberstajn para a Agência Nacional do Petróleo. Ele indicou para presidente da empresa um francês, Sr. HENRY PHILIPPE REICHSTUL (com passado de terrorista no Brasil, desprezando, inexplicavelmente, os naturais da terra para o cargo). A Agência Nacional de Petróleo (ANP) coordenou a entrega da Petrobrás na Inglaterra. A venda das ações da Petrobrás, coordenada pelos próprios interessados na compra, foi (e ainda é) caso de polícia. Esse crime já havia sido praticado anteriormente, na “doação” da Vale do Rio Doce, quando as financeiras que “modelaram” a privatização representavam os compradores.

Os compradores da Petrobrás foram os mesmos concorrentes que durante décadas procuraram ocultar a existência de óleo em nosso subsolo. Quando não deu mais para esconder o potencial petrolífero do país, resolveram “comprar” a Petrobrás, barato, com a colaboração de seus “aliados” no governo. Está claro, que o objetivo do governo FHC é submeter o perfil energético do país aos concorrentes externos. Doando a Petrobrás, a Nação certamente será tangida, ao bel prazer da pirataria internacional. O golpe em andamento visava saquear o Tesouro Nacional em cerca de 30 bilhões de dólares. Portanto, mesmo que a privatização da empresa fosse conveniente, a venda pulverizada de ações seria danosa, em virtude do aviltamento do preço final.

Num segundo governo Lula, a Petrobras, muito provavelmente, terminará de ser pulverizada. A Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) denunciou que a empresa sofrerá grandes prejuízos caso seja aprovado o projeto de Lei 226, do Senador Rodolfo Tourinho (PFL-BA), que confisca e entrega os dutos de óleo e gás da Petrobras para a Agência Nacional de Petróleo. Se isto acontecer, a ANP certamente vai arrendar os dutos para transnacionais e, igualmente, transferiria boa parte do gasoduto Bolívia-Brasil para a Shell e a British Gás. As duas empresas são proprietárias da Comgás, distribuidora de gás sediada em São Paulo, vendida a preço de banana, durante as privatizações da gestão FHC.

Os mega-negócios da Comgás interessam diretamente aos banqueiros Rothschild, que são os verdadeiros controladores da Shell e da British Gás, através da manipulação na venda de derivativos na Bolsa de Valores de Londres. Uma “pequena” disputa interna entre os donos do mundo (de um lado Wall Street e do outro a City Londrina) coloca o Brasil na posição de conquista fundamental tanto para um lado como para o outro, por uma simples questão de quem ficará com mais ouro negro. Por isso, todas as fichas de Londres apostam na reeleição de Lula.

Não é à toa que Lula - ou o “governo” brasileiro – não retaliou a Bolívia pela tomada dos investimentos da Petrobrás naquele país. É um jogo de cartas marcadas – tudo crise de fachada para acabar fazendo com que as coisas aconteçam de modo a satisfazer os planos dos “donos do mundo” para a América Latina. Incentivar a construção de novos gasodutos é importante para equilibrar os preços das ligas de nióbio – cujo comércio já está “encampado” pelas mega-empresas transnacionais – e permite incrementar o fluxo de “capitais não contabilizados” para fins de financiamento de projetos de “permanência no poder e de enriquecimento ilícito de muitos políticos e empresários brasileiros e sul-americanos”.

Dando continuidade ao projeto de internacionalização da Amazônia, o governo FHC além de ter sepultado a colonização, ao separar o INCRA do Ministério da Agricultura, e de continuar a financiar o MST, resolveu patrocinar uma proposta de financiamento internacional da “preservação ambiental” da Amazônia. Os países que “colaborarem” certamente terão o direito de opinar sobre o destino da região, comprometendo a soberania brasileira.

Já em 1997, a então Senadora pelo Acre, Marina Silva, foi convidada para uma recepção no Itamaraty pelo próprio presidente americano Bill Clinton, que se encontrava no Brasil. FHC e Bill tornaram-se grandes amigos quando ambos ainda eram presidentes. Marina Silva fez um relato completo sobre os programas de desenvolvimento auto sustentado na Floresta Amazônica, ao ex-presidente norte-americano (Cai o Pano – parte 1). Outra presença inusitada foi a do então Prefeito de Araxá (MG) – cidade onde se encontra a maior reserva produtora de Nióbio do mundo - Sr. Olavo Drumond. Os jornais da época publicaram o seguinte diálogo:

FHC, aprentando o prefeito: “o prefeito da cidade mais importante do Brasil...”.
Bill Clinton: “Conheço muito Araxá”

Lula é a perfeitamente sintonizada continuação de FHC, para cumprir os planos dos globalistas da Nova ordem Mundial. Não há nada de antagônico entre as duas personalidades, individualmente, nem entre seus partidos. Há várias evidências a este respeito. Em setembro de 2004, por exemplo, já no governo de Lula, estiveram reunidos em Campos do Jordão (167 km a nordeste de São Paulo) cerca de 62 personalidades, especialistas de diversas áreas do conhecimento, com o objetivo de "pensar os desafios do país nos próximos 50 anos". O encontro, que pretende ser anual e sem platéia, foi patrocinado pelo Instituto DNA Brasil, organização sem fins lucrativos cujo objetivo é "repensar o país estrategicamente, de forma sistemática e com preocupação interdisciplinar". O presidente do Conselho de Administração do Instituto DNA Brasil é João Sayad, colunista da Folha e ex-ministro do Planejamento (1985-1987 - Governo Sarney). Entre os presentes, estavam Fernando Henrique Cardoso (ex-presidente da República), João Pedro Stedile (MST), Luiz Marinho (presidente da CUT), Júlio Lancellotti (padre católico), Marina Silva (ministra do Meio Ambiente) e Roberto Freire (presidente do PPS).


Uma outra evidência, esta já bem mais contundente, é a de que figuras que aqui no Brasil se comportam como adversários políticos, e até como inimigos declarados, pareciam ser mais companheiras de “clube” do que nunca, quando estiveram, por exemplo, em Nova York, em maio deste ano (2006). O ex-presidente FHC, o prefeito de SP, José Serra, os senadores Aloizio Mercadante (PT), Renan Calheiros (PMDB-AL), José Sarney (PMDB-AP) e Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) participam todos da festa do presidente da Cia. Vale do Rio Doce, Roger Agnelli – na festa que o homenageava como “Homem do Ano”. Em Nova York também estiveram, na mesma época, o presidente do PSDB, Tasso Jereissati e o governador mineiro, Aécio Neves. Todos eles tinham explicações oficiais para sua estada na cidade. FHC e Tasso estavam lá para a homenagem a Agneli, da Vale; o governador mineiro para assinar contratos para empréstimos de US$ 330 milhões junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e ao Banco Mundial. O senador Mercadante porque participou de em evento do Banco Itaú, ao qual esteve presente também FHC - ambos como palestrantes.


FHC e Mercadante, inclusive, almoçaram juntos – precisamente no dia 18 de maio. Nesse almoço, os dois firmaram um acordo político-econômico de não-agressão entre o PSDB e o PT, caso se confirmasse a reeleição do presidente Lula. Por trás do pacto informal, o próximo governo petista se comprometeria a não alterar as atuais bases econômicas que interessam ao sistema financeiro internacional. A contrapartida ao natural apoio tucano na economia viria com o apoio do governo federal a um mega-projeto de concessões e parcerias público-privadas (termo que vem sendo pronunciado com muita freqüência pelo presidente Lula na sua campanha à reeleição) em rodovias, que movimentaria R$ 30 bilhões. Tal negócio foi montado pelo publicitário Paulo Henrique Cardoso, filho de FHC, que fechou uma parceria com um poderoso grupo de empreiteiros canadenses. Em troca das “privatizações” nas estradas, os tucanos apoiariam a reforma da previdência que será tocada por Luiz Gushiken, e que vem sendo elaborada desde o primeiro governo de FHC.


Em 2002, a empresa do petista (na época, Gushiken Associados, e, agora, sem o japonês de Lula na sociedade, se chama Global Previ) elaborou, para o Ministério da Previdência de FHC, o livro “Regime Próprio de Previdência dos Servidores: Como Implementar? Uma Visão Prática e Teórica”. Como se pode ver, não há nenhuma estranheza entre Lula e FHC – só na frente das câmeras e por traz da omissão da imprensa, não em publicar fatos que denotem essa “camaradagem”, mas sim em não dar às notícias a sua verdadeira vertente de significação.

O coordenador informal dos investimentos do PT junto aos grandes bancos internacionais, o plácido e agora já não mais “ofendido” pelos “surpreendentes” escândalos de corrupção em seu partido (que, inclusive o fizeram chorar em frente às câmeras dos jornais de todo o Brasil), o senador Aloizio Mercadante, na verdade, não tinha outra alternativa a não ser tirar Marta Suplicy da disputa ao Palácio dos Bandeirantes, mesmo sabendo que não teria chances contra o favorito tucano José Serra. Mercadante queria mesmo continuar no senado ou ter um cargo formal na área econômica: o ministério da Fazenda. No próximo governo Lula, finalmente, como “compensação” por sua provável derrota, deve assumir o tão sonhado ministério.


Voltando ao governo de FHC, não há como citá-lo sem contar a história de privatidoação (mistura de privatização, palavra oficialmente usada, com doação, palavra que expressa melhor a realidade) da Vale do Rio Doce.


A Vale do Rio Doce viabilizou-se, em 1942, por condescendência do presidente americano Franklin Roosevelt que necessitava de abastecimento regular de minério de ferro do Brasil, durante a Segunda Guerra Mundial. Em razão disso, o Governo Vargas nacionalizou a Itabira Irons, empresa mineradora Inglesa, dando origem à Vale. Mas, foi somente em 1952, que o Governo brasileiro assumiu o controle definitivo do sistema operacional da empresa. De lá para cá, a Vale cresceu tanto que, em 1993, um ano antes de FHC assumir seu primeiro mandato como presidente, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas classificou-a como a primeira no ranking nacional.


Um ano e meio depois, em 1º de junho de 1995, a Vale é incluída no Programa Nacional de Desestatização, pelo Decreto n° 1.510, assinado pelo já eleito presidente da República, FHC, e, em 7 de maio de 1997, a empresa foi privatizada pelo Consórcio Brasil, que, liderado pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), venceu o leilão realizado na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, adquirindo 41,73% das ações ordinárias do Governo Federal por US$ 3,338 bilhões.


O BNDES escolheu duas instituições financeiras internacionais para “modelar” a privatização da Vale do Rio Doce: a Merrill Lynch (ligada ao Grupo Rothschild, de Londres) e a Salomon Brothers (associada ao Bradesco). O Bradesco e o Grupo Rothschild, por serem diretamente interessados na privatização da Vale, não poderiam estabelecer o preço para depois adquirir a empresa, mas foi isso que aconteceu. O Bradesco foi afastado da concorrência porque o mercado levantou questões éticas contra sua participação no negócio, mas acabou participando indiretamente do consórcio vencedor com US$ 600 milhões. Na formação do preço mínimo, as consultorias levaram em consideração apenas, a capacidade da empresa de gerar capital no futuro, desprezando seu patrimônio líquido e seu potencial estratégico.


Várias ações populares foram ajuizadas em todo o país contra a privatização da Vale do Rio Doce. O leilão chegou a ser adiado, mas acabou acontecendo, e o poder do Brasil de ditar o preço dos metais no mundo foi transferido para o grupo Rothschild de Londres, que já controla mundialmente o valor dos metais (RTZ Mineração, Anglo American, Bolsa de Metais de Londres, controle do mercado de derivativos), porque domina a cadeia produtiva mundial completa (mineração, transporte, transformação, comercialização e cotações na Bolsa de Metais de Londres).


Quanto vale ditar o preço dos metais no mundo? Não tem preço, porque é estratégico. O patrimônio líquido da Vale é de menor importância, na medida em que o fundamental é poder fazer pressão sobre os mercados financeiros, para aumentar o mercado de exportações de produtos brasileiros. Esse é o principal motivo pelo qual a Vale do Rio Doce jamais deveria ter sido privatizada: impor-se comercialmente no mundo e conquistar novos mercados de exportação.


Muitas palavras poderiam definir as ações do governo de FHC em relação à Vale do Rio Doce, mas TRAIÇÃO, no caso, ao Brasil, seria a mais adequada. Após favorecer os exportadores do Primeiro Mundo, prejudicar as empresas nacionais, fragilizar o país com déficits comerciais e “privatizar” a Vale, o presidente Fernando Henrique Cardoso foi homenageado pelo Governo Britânico, pela família real inglesa e, principalmente, por financistas e empresários ingleses. E até hoje circula entre eles como o gentleman da transnacionalização do Brasil.


Em 1999, a Vale teve o maior lucro de sua história: R$ 1,251 bilhão. Em 2003, a empresa apresentou o maior lucro líquido de sua história: R$ 4,509 bilhões. Neste mesmo ano, a Vale reforçou sua posição de maior investidora privada do país, ao aplicar US$ 1,988 bilhão. Apesar de informar em seu site que nenhuma empresa desenvolveu tantos projetos no Brasil, não há afirmação de que esses US$ 1,988 bilhão tenham sido investidos dentro do país. No dia 5 de Janeiro de 2004, as ações da Vale atingiram um recorde histórico de rendimento, fazendo com que alcançasse valor superior a R$ 23 bilhões no mercado. Esse valor superior a R$ 23 bilhões, que a Vale divulga em seu site, tem registro na Bolsa de Nova York: atingiu a marca histórica de US$ 60 bilhões e 679 milhões de dólares, com base na cotação dos American Depositary Receipts (ADRs) da empresa, que foram negociados. No ranking das maiores mineradoras do mundo, a Vale está em quarto lugar, atrás da BHP Billiton (US$ 134,442 bilhões), Rio Tinto (US$ 77,375 bilhões) e AngloAmerican (US$ 65,472 bilhões).


O Brasil perdeu dinheiro e poder. A “privatidoação” da Vale está sob judice, podendo ser decretada a anulação da negociata, por decisão judicial.


continua...

23 de agosto de 2006

Série CAI O PANO - 7

CAI O PANO – Parte 2 (3)
TERRAS, RIQUEZAS, PRODUÇÃO E GUERRILHA

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Pequena Introdução

Por ser esta série de artigos longa e ter que ser divulgada em capítulos, pode a princípio passar a impressão de que rumará ao ufanismo anti-imperialista, como acontece com tantas outras análises. Não rumará. Ela pretende estabelecer uma base de raciocínio para a discussão de um posicionamento brasileiro em relação às forças de poder mundialmente estabelecidas, a fim de transformar o Brasil, de objeto manipulado, em parceiro consciente, com direito a voto e a todos os benefícios de desenvolvimento, pela posição estratégica que ocupa no cenário de disputa mundial. O objetivo é: Conhecimento, Conscientização, Escolha de Parceiros Ideológicos e Econômicos (Pró-Ocidentais) e Imposição Inteligente de Contrapartidas Beneficiadoras.
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Fronteiras que abrangem 8.500.000 Km², uma população de 180 milhões e uma infinidade de riquezas (recursos minerais + território + mercado interno) são algumas das condições básicas para que um país se torne uma potência mundial. Somente cinco países no mundo preenchem esses requisitos e o Brasil é um deles.

O poder mundial está em jogo e, por trás dele, o desejo de construir uma sociedade global sob o comando dos grandes impérios financeiros. O Brasil é território importantíssimo a ser conquistado e subjugado nessa guerra – e quem acompanha essa Série está cansado de saber porquê. Nossos recursos minerais e agrícolas, devidamente “controlados” podem garantir o emprego, o padrão de vida e a estabilidade política do que hoje conhecemos como Primeiro Mundo (justamente para que o CFR possa continuar colocando seus homens no poder), e, conseqüentemente, o mundo ideal para o exercício do poder das grandes oligarquias financeiras.

Os partidos que estão no governo dos países do Primeiro Mundo sabem perfeitamente que sua permanência no poder depende da criação de empregos. Para criar empregos é necessário que haja uma demanda sempre crescente de produtos e serviços. Como os mercados internos dos países desenvolvidos estão saturados, o consumo interno é relativamente inelástico, mesmo com o constante incentivo ao consumismo desenfreado, e isto obriga os governantes a estar em constante necessidade de expandir as exportações. Mas exportar para onde, já que os outros países desenvolvidos enfrentam os mesmos problemas? É preciso que aqueles outros que estejam em desenvolvimento sejam capazes de absorver o que precisa ser exportado. Para que isso aconteça, é imprescindível que eles não tenham condições de caminhar para a auto-suficiência, especialmente no que se refira ao tipo de produto que os países do Primeiro Mundo precisem exportar.

O agrobusiness, portanto, tem enormes interesses em criar embargos a países como o Brasil. Através de Ongs, de políticos e de órgãos governamentais, o agrobusiness financia, treina e garante politicamente, a guerrilha e a institucionalização de movimentos como o MST – para inibir investimentos na agropecuária, através do terror, a fim de garantir seus mercados de exportação. Todas as ações da guerra comercial travada contra o Brasil são coordenadas pelos departamentos de comércio exterior de governos estrangeiros, sob o controle das grandes organizações financeiras.

Outro setor que tem enormes interesses no Brasil é o mercado financeiro internacional que é dominado por aqueles que controlam as flutuações da Bolsa de Metais de Londres. Este mercado está cada vez mais vulnerável porque o financiamento à produção é limitado e depende de aplicações especulativas. É por isso que a produção mineral de países como o nosso, por exemplo, precisam estar sob controle - uma vez que, no final das contas, as flutuações da Bolsa de Metais de Londres dependem disso. Não é à toa que a Vale do Rio Doce, que é o maior instrumento de extração e transporte dos recursos minerais brasileiros, foi tomada de assalto, por capitais internacionais.

Esse é um dos motivos pelos quais os globalistas não querem que a Amazônia se desenvolva. Financistas internacionais ingleses e americanos pretendem controlar os recursos minerais da Amazônia, por isso convulsionam o Brasil, apoiando a guerrilha do MST, a criação de “Nações indígenas” e a ação de ONGS. O fato gerador do progresso é o lucro e a única forma de se impedir a intervenção estrangeira na Amazônia, a serviço da pirataria internacional, é através do seu povoamento e conseqüente desenvolvimento econômico (e há inúmeros estudos não publicados que garantem que isso pode ser feito sem prejuízo da preservação da vegetação e da fauna daquela região). Uma das formas mais rápidas de concretizar esse objetivo, por exemplo, seria a instalação de um corredor de exportação pelo Peru, com o apoio do Japão, por exemplo, que não se negaria a financiar estradas ou ferrovias para esse fim, já que isso, além de desenvolver toda a Região Amazônica, baratearia para o mercado asiático a soja brasileira produzida em Mato Grosso e Rondônia e facilitaria a exportação de minerais brasileiros para toda a Ásia.

A AMAZÔNIA DEVE SER PRESERVADA PORQUE É O CENTRO MUNDIAL DE RESERVAS VITAIS PARA A RECONSTRUÇÃO DO IMPÉRIO GLOBAL, APÓS UMA EVENTUAL DESTRUIÇÃO ATÔMICA QUE OS ALIADOS DE ESQUERDA PUDESSEM IMPOR AOS EUA, À ISRAEL E A ALGUNS PAÍSES DA EUROPA. ESTARIA DERROTADO O BERÇO DA CULTURA OCIDENTAL. COMEÇARIA O ADVENTO TRIUNFAL E ABSOLUTO DA NOVA ORDEM MUNDIAL. NESSE SENTIDO, A REGIÃO AMAZÔNICA É A MAIS IMPORTANTE DO MUNDO.

O poder colonizador do império transnacional pretende desagregar o território brasileiro, para dominar e explorar as reservas de minérios estratégicos, localizadas na Amazônia – sem mencionar os recursos hídricos. O objetivo é apoderar-se da região Fronteiriça à Venezuela, se possível do Rio Solimões para cima - de um lado a “Cabeça do Cachorro”, do outro a “Reserva Ianomâmi”, no meio o território da Venezuela. Não foi por outra razão que o G 7 (grupo dos 7 países mais poderosos do mundo) gastou US$ 600 mil para financiar a “demarcação” da “reserva indígena”, que segundo eles, abrigaria 30.000 índios. O número de índios, entretanto, é bem inferior a isso, como no caso dos Ianomâmis, por exemplo. Nem o Brasil precisa do dinheiro do G-7 e nem os poucos índios que, porventura, estejam na região, precisam de tanto território. O objetivo é criar falsas nações indígenas que justifiquem uma eventual intervenção na Amazônia, inclusive militar.

Um exemplo de como as reservas podem ser criadas com base em falsos argumentos é a criação da reserva indígena Wai-Wai. Uma portaria assinada, em 11/12/1998, pelo então Ministro da Justiça de FHC, Renan Calheiros (atual presidente do Senado e franco aliado do presidente Lula), criou a reserva Wai-Wai (área inicial de 330 mil hectares, posteriormente aumentada para 450 mil hectares). Alegava-se que as tribos que ali viviam estavam naquele território “desde tempos imemoriais”. Não era verdade. Na edição da Folha de Boa Vista do dia 26 de agosto de 1999, o ex-oficial da Força Aérea Brasileira, Arnaulf Bantel, conta que os wai-wai foram trazidos para o Brasil da atual República da Guiana, na década de 60, numa ação do governo brasileiro para evitar o massacre daquela etnia por parte dos índios tiriós que habitavam o sul do Suriname. Bantel era um dos pilotos da Operação Mapuera, cuja missão foi abrir pistas de pouso ao longo da fronteira do Brasil com a Guiana, na região do rio Anauá, onde os wai-wai habitam atualmente.

Na outra ponta do problema da criação de reservas indígenas, cidadãos brasileiros indefesos são vítimas da ganância das transnacionais, com a cumplicidade do governo. O cidadão Terêncio Tadeu de Lima, por exemplo, aos 63 anos de idade - uma pessoa que passou a maior parte de sua vida útil cuidando de uma propriedade rural, educando seus filhos e cumprindo deveres como cidadão - vê-se obrigado a sair de suas terras, enxotado pelo próprio governo federal que sequer o indenizou. Ele é apenas mais um dos integrantes das cerca de 250 famílias que seriam arrancadas da reserva indígena Raposa/Serra do Sol. O decreto de homologação, assinado no dia 15 de abril de 2005, concedia prazo de um ano para a retirada das famílias. Os índios começaram a tomar conta das terras e as famílias não tinham para onde ir e nem haviam recebido indenização.

A estratégia das transnacionais é para que possam se beneficiar do desvio de minérios, a partir das reservas minerais de Araxá e Catalão, garantindo o abastecimento e a formação de reservas de minérios que não possuem em seus respectivos territórios. Para que isso seja possível, foi fundamental a criação do Ministério da Defesa que submete as Forças Armadas, no final das contas, às políticas governamentais, possibilitando que as mesmas sofram um processo de sucateamento e de desmoralização. O objetivo final seria transformá-las em tropas de polícia a serviço do império global.

A trama urdida pelos diversos setores da economia internacional se entrelaça, porque utiliza os mesmos agentes e o mesmo “modus operandi”, independentemente do setor a beneficiar (financeiro, mineração, agrobusiness, industrial e etc.). É o colonialismo moderno. Essa admirável orquestração torna o inimigo quase invencível, transformando os políticos e governantes em meros agentes de seus interesses. A corrupção resultante fragiliza a malha institucional, abrindo espaço para a ação do crime organizado, em todas as suas especialidades e esferas de ação. A violência é mais uma das conseqüências desse processo.

A escalada da violência ocorre em razão de dois fatores: o desinteresse dos governantes em coibi-la e a associação dos criminosos com membros do poder do Estado, que lhes garantem o sucesso das operações criminosas. Os donos do mundo real provocam a luta de classes e promovem o crime organizado, tanto para lucrar, como para estabelecer válvulas de escape para a “panela de pressão” social. É a politização do crime como fator de distribuição de renda.

As autoridades nunca se referem ao crime organizado em suas justificativas públicas, sem passar a idéia de que a violência tem sempre, e quase que apenas, raízes sociais e econômicas. Na realidade, tudo ocorre por omissão e comissão do próprio poder. Por desinformação da sociedade, o crime ramifica os seus tentáculos, protegido pela suposta democracia, cujo processo eleitoral é insuficiente, isoladamente, para preservar o interesse público. O crime organizado (criminosos comuns + agentes do Estado), aliado ao capital transnacional, é um inimigo invencível, à espreita de todas as oportunidades de lucro. Resta, à sociedade, por seus segmentos mais esclarecidos, conscientizar-se do problema para, conhecendo o inimigo, estabelecer mecanismos de defesa que procurem neutralizar ou minimizar sua ação.

No caso do Brasil, tudo indica que a ação terrorista esteja em andamento e que poderá ser deflagrada a qualquer instante, com apagões, atentados, golpes e contragolpes – já estamos vendo ensaios desse tipo de coisa na invasão do Congresso por membros do MLST, na depredação de um laboratório da empresa Aracruz, na Bahia, e nos ataques do PCC em São Paulo. Sendo assim, o trabalho de inteligência precisa ser intensificado e teria que ser homogêneo em todo o território nacional - o que significa dizer que talvez somente as Forças Armadas estivessem em condições de empreendê-lo com a eficiência necessária para propiciar a antecipação da ação. O problema é que o comando das FFAA não pode estar sob influências políticas, porque, em assim estando, de pouco ou nada adiantaria o trabalho de inteligência, já que o resultado dos trabalhos poderia ser usado em favor de quem esteja no poder (Quem não se lembra dos documentos da ABIN que poderiam confirmar a doação das Farc para o PT, em 2002) (Leiam: Ameaças Difusas: http://infomix-cf.blogspot.com/).

Não convém falar aqui do que poderia acontecer em cidades como Rio e São Paulo caso bandos mobilizados de arruaceiros, agitadores e criminosos resolvessem promover uma onda conjunta de violência e depredações. Não convém porque há que se ter responsabilidade com aquilo que se divulga e que pode, ao invés de informar, formar idéias. Nas outras Capitais o problema é o mesmo, variando, apenas, em intensidade. Mas, nenhuma força armada teria condições de sufocar a violência desencadeada por multidões furiosas, em várias Capitais, ao mesmo tempo. Um cenário que poderia ser agravado pelo terrorismo no campo, orquestrado pelo MST e por seus congêneres, que poderiam contar, inclusive, com a participação de terroristas de países vizinhos (FARC, F.Manoel Rodrigues, MIR, Sendero, cubanos, Tupac-Amaru), que já operam livre e impunemente em território nacional.

É importante lembrar, que os ideólogos do terror estão unindo todos os movimentos no mesmo objetivo. Já ocorreram "manifestações" conjuntas de "sem teto" e de "sem terra". Já houve o gravíssimo episódio da invasão do Congresso Nacional por um grupo de manifestantes enfurecidos e muito bem organizados do MLST. Os movimentos pelos "direitos humanos" integram essa orquestração sinistra, defendendo, na prática, a politização do crime como fator de distribuição de renda.

Levando-se em consideração que as Forças Armadas, vitimadas por doutrinas externas, têm sido estranguladas em sua operacionalidade com a redução inexorável do seu orçamento, com a modificação de conteúdos de estudos e com a redução criminosa dos salários, é muito provável que as forças contrárias aos interesses do Brasil já estejam agilizando a tomada do poder, a partir do caos. A estratégia tem vários exemplos na História – alguns deles ocorridos há cerca de 2000 anos, como foi o caso de Catilina, que quase tomou o Império Romano. A única opção de defesa seria a antecipação da ação das forças de segurança, para bloquear a mobilização das guerrilhas urbanas e rurais, neutralizando as lideranças, nacionais e estrangeiras, envolvidas no processo.

Tendo em mente estes interesses das transnacionais da globalização, fica mais fácil compreender o que tem acontecido no Brasil nos últimos 20 anos. Por que programas como o Pró-Álcool vingaram e depois foram abandonados? De onde surgiu o poder do crime organizado? Por que privatizamos empresas que atuam em áreas estratégicas? Por que passamos a importar produtos que costumávamos exportar? E por que nossa dívida interna pulou de 50 milhões para 1 trilhão de reais em vinte anos?

Já vimos que o Primeiro Mundo precisa expandir seu mercado consumidor e suas exportações para resolver o problema de criação de empregos. Vimos também que isso é de extrema importância para a estabilidade dos governos dos países desenvolvidos. Sabemos que as poderosas organizações transnacionais, cujos cérebros residem nestes países, precisam que eles estejam em condições de estabilidade e de relativa prosperidade, para que elas possam continuar a expandir seu poder e a aumentar suas riquezas, até que se tornem donas do mundo e do poder absoluto.

O agrobusiness é um dos alicerces desse processo de expansão e estabilidade. Nesse contexto, países como o Brasil devem se enquadrar como consumidores e não como concorrentes ou nem mesmo como auto-suficientes. É essa condição que tem determinado os rumos dos negócios agrícolas do Brasil nos últimos 20 anos. E, como já vimos anteriormente, não podemos deixar de relacionar a ocupação e a expansão das áreas de plantio com as necessidades de disponibilização dentro da nossa condição de Zona de Retaguarda.

Quando Sarney assumiu a presidência da república, em 1985, deu-se início à reforma agrária nos moldes retrógrado-socialistas que, como já vimos, interessam muito mais ao capital internacional do que ao povo (MUITO AO CONTRÁRIO DO QUE MUITA GENTE QUE SE JULGA BEM INFORMADA É LEVADA A CRER PELA MUITO BEM TRABALHADA PREGAÇÃO IDEOLÓGICA DE MOVIMENTOS COMO MST, MLST E OUTROS) – facilmente manipulável através do discurso de justiça social. É neste discurso que está a semente de ódio que floresce na luta de classes. O demagógico e falso objetivo da reforma agrária inibiu os investimentos na agropecuária, provocando o encolhimento da área cultivada em pelo menos 25%, o desemprego de mais de 3 milhões de trabalhadores rurais e o conseqüente desabastecimento dos centros urbanos - o que culminou com a necessidade de importar mais de US$ 3 bilhões em arroz, milho e trigo.

É bom lembrar que em 1985 já está se dando o processo de tomada da Zona de Retaguarda do Ocidente pelas forças que compõem a frente Oriental. De modo que, ao mesmo tempo em que se começa a determinar a estratégia de inibição do desenvolvimento agrícola do Brasil, inicia-se, também, o processo de esquerdização que pretende culminar com a concretização do paraíso do controle e do monopólio – o Capitalismo de Estado (ou Comunismo de mercado), que será o sistema econômico do Governo Mundial.

A reforma agrária, da forma como é apregoada e implantada, contraria os interesses do Brasil, entre outros motivos, porque o minifúndio inviabiliza o abastecimento - além de não criar empregos, desestruturar o sistema produtivo existente, inibir investimentos na agricultura e perenizar o assistencialismo.

José Pedro Stedile, “coordenador” nacional do MST, declarou ao Jornal o Estado de SP, EM 12-01-1997: “a produção agrícola nacional deve limitar-se ao mercado interno”. Afirmou, ainda, ser desnecessária a exportação de produtos agrícolas. Isso revela a perfeita consonância entre os objetivos do MST e os dos agrobusiness internacional, na preservação de seus mercados para exportação. A traição fica mais evidente, quando se observa que grande parte dos “donativos” para a esquerda brasileira vem do exterior. Stedile ainda afirmou à reportagem, naquela ocasião, que “por enquanto, não é necessário temer o MST, isso acontecerá mais tarde”. Acho que, hoje em dia, entendemos o que ele estava querendo dizer. Pena que ainda haja quem possa considerar como expressão de nacionalismo o que este movimento apregoa.

Para se ter uma idéia do que o MST classifica como terra adequada para a ocupação, podemos citar o exemplo da empresa agro-industrial ARAUPEL.

O MST prega que a Reforma Agrária resolverá o problema dos sem terra, aumentará a produção, distribuirá renda e riqueza, dinamizará a economia, acabará com a fome e a miséria, gerará milhões de empregos e trará dignidade para uma grande parte da população. Para isso, prega que é preciso estabelecer um tamanho máximo por região de 35 vezes o módulo rural regional - todas as propriedades acima disto deveriam ficar passíveis de Reforma Agrária. Segundo o MST é a elite, a classe dominante que governa o Brasil, que não quer a Reforma. São eles os banqueiros, industriais, grandes empresas, sócios de multinacionais, todos também latifundiários.

Em relação à ARAUPEL, o MST diz que é o maior latifúndio do Paraná, abrangendo os municípios de Rio Bonito de Iguaçu, Nova Laranjeira e Quedas do Iguaçu. O movimento diz que a maior parte das terras foi grilada e muitos posseiros assassinados pelos seus prisioneiros. Pela sua extensão e pela qualidade dos solos, segundo o MST, a ARAUPEL gera pouquíssima produção, quase não gera impostos, pouco dinamiza e movimenta a economia local e emprega poucas pessoas. A riqueza produzida fica com pouquíssimas pessoas e não é aplicada no município nem na região. Para o MST, desapropriando esse latifúndio e fazendo assentamentos, daria para assentar milhares de famílias e a produção de riquezas na região se multiplicaria por 5 vezes, aumentando a circulação de mercadorias na região, principalmente no município de Quedas do Iguaçu. As florestas que ainda existem são totalmente degradadas, conforme atestaram em documentos e pronunciamentos vários órgãos e as entidades ambientalistas. Para o MST, essas florestas devem ser preservadas.

Agora, vamos aos números da ARAUPEL. A empresa exerce forte influência sobre o perfil sócio-econômico da região. Seus 1600 colaboradores diretos são a base da movimentação econômica do município de Quedas do Iguaçu - cidade com 27 mil habitantes. A ARAUPEL responde por 70% da arrecadação local, emprega 1.400 trabalhadores registrados e contrata outros mil terceirizados. A ARAUPEL produz 250 mil metros cúbicos de molduras, painéis e componentes de madeira para a indústria da construção civil, por dia, é a maior exportadora brasileira de molduras, painéis e componentes para a construção civil, movimentando US$ 3 milhões por mês e respondendo por cerca de 15% das exportações do país, neste setor. Toda a produção é exportada para Estados Unidos, Canadá e Europa. A empresa exporta US$ 32 milhões de produtos de madeira, produz US$ 5milhões em cereais, com lavoura mecanizada, e US$ 1 milhão em erva mate, respondendo por 52% do ICMS recolhido no Município de Quedas do Iguaçu.

Em 1996, o MST ocupou este latifúndio e obrigou o governo comprar 27 mil hectares da ARAUPEL, onde hoje estão assentadas 1480 famílias. Em 2003, mais de dois mil sem-terra invadiram a fazenda da empresa novamente, dessa vez requisitando mais 25 mil hectares. O superintendente do Incra-Paraná, Celso Lisboa de Lacerda, e a ouvidora agrária nacional adjunta, Maria de Oliveira, estiveram no local colhendo informações para a elaboração de uma proposta de compra, pelo Incra, de parte da propriedade para o assentamento definitivo dos sem-terra. Na ocasião, a ARAUPEL afirmava que a propriedade não estava à venda, principalmente porque, no passado, já havia cedido 1/3 de sua área para o Incra (entre 1996 e 1998 a empresa reduziu sua propriedade em 28 mil hectares). Desde 1999, 800 famílias de sem-terra ocupam uma área de cerca de 4,2 mil hectares. A recente invasão é considerada uma das maiores ações do MST em 2003 e provocou a revolta dos moradores do município, que pedem a expulsão dos sem-terra.

Em 2006, a situação é a seguinte: 25 mil hectares da ARAUPEL serão desapropriados. A empresa e o Incra fecharam um acordo para o pagamento de R$ 75 milhões pelas benfeitorias. Mas o dinheiro está depositado numa conta judicial e ainda não chegou às mãos da empresa. Há um processo na Justiça Federal para determinar se os títulos de propriedade da ARAUPEL sobre as terras que ocupa são nulos ou válidos. Se a Justiça concluir que os títulos são válidos, o Incra também deverá indenizar a empresa pelo valor da terra nua. Se a conclusão for pela nulidade, a ARAUPEL só terá direito mesmo ao pagamento das benfeitorias.

A crise agrícola acabou por cortar 3 milhões de empregos, em razão da perda de 8 milhões de hectares da área plantada desde 1989. Crise agravada por falta de política agrícola, custo de capital incompatível com a atividade e ataque aos agropecuaristas por parte do MST e do Governo, através do INCRA.

O INCRA foi tomado por pessoas comprometidas com a visão ideológica de esquerda sobre a Reforma Agrária, que a utilizam com nítidos objetivos pessoais, e que transformaram um órgão público em “cartório de reforma agrária”, comprometendo a sua imparcialidade. Em razão disso, os chamados “laudos de produtividade” são elaborados por agrônomos que incentivam as invasões de fazendas visivelmente produtivas.

O MST e o INCRA também têm como alvo as fazendas de pecuária extensiva, cuja produção é estratégica por não concorrer na cadeia alimentar do homem. No Brasil produz-se proteína vermelha apenas com a luz do sol e com capim. Os capitais internacionais ligados ao agrobusiness pretendem que o Brasil confine gado para importar mais milho e outros grãos, criando um fabuloso mercado consumidor de 160 milhões de reses.

Também não escapam das ações do “terror transnacional” os transgênicos – produtos obtidos através de manipulação genética das espécies para gerar outros produtos mais eficientes em termos de resistência a pragas e mais competitivos, principalmente no mercado de exportações. Nossa soja é um exemplo. Ela vem sendo boicotada justamente para que não haja desenvolvimento do setor, que se tornaria extremamente competitivo e ameaçaria a hegemonia de países como os EUA. O mundo consome uma série de produtos geneticamente modificados, há anos e anos, sem que isto tenha sido motivo de alarme “natureba” e muito menos de boicote por parte de importadores de um modo geral. Assim como inferniza os plantadores de pinus da indústria de celulose (pela sua eficiência, é claro), o MST também age contra os plantadores de soja transgênica. Como não poderia deixar de ser, o movimento não está só: a campanha contra os transgênicos de países em desenvolvimento é uma das bandeiras da ONG Geen Peace (uma das maiores defensoras dos interesses das transnacionais do Governo Mundial).
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MST destrói em SC plantação de soja considerada transgênica

JAIRO MARQUES - da Agência Folha - 06/02/2001 - 19h49

Integrantes do MST de Santa Catarina destruíram hoje dois hectares de uma plantação de soja que, segundo os sem-terra, seria transgênica. A ação aconteceu um dia após a visita de João Pedro Stedile, ideólogo do MST, ao Estado. Ele anunciou uma ofensiva contra os alimentos geneticamente modificados. O ataque aos transgênicos entrou na pauta dos sem-terra já no fim do ano passado, com ações em Pernambuco; mas, foi durante o Fórum Social Mundial em Porto Alegre, semana passada, que o MST empunhou oficialmente a nova bandeira.

Com o líder agrário francês José Bové, o MST destruiu uma lavoura de pesquisa da multinacional Monsanto. Cerca de cem pessoas participaram do ato, que ocorreu em uma pequena propriedade rural em Linha Simonete, em Chapecó (630 km a oeste de Florianópolis). Estudantes de agronomia, membros do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e do Movimento de Mulheres Agricultoras também estiveram presentes. O proprietário da plantação é Neuro Zanrosso, que estava no Mato Grosso do Sul e não foi localizado. A área total plantada era de três hectares. Dois hectares foram destruídos.

O MST informou que concluiu que a lavoura era transgênica porque, na semana passada, integrantes do movimento teriam aplicado um herbicida nas plantas que reagiria caso a plantação não fosse geneticamente modificada. O diretor-técnico da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), Gilmar Jacobowski, afirmou que existe um tipo de herbicida que mata a soja não-transgênica, mas não soube dizer se os sem-terra têm acesso a ele. A Polícia Militar de Chapecó informou que não foi acionada para intervir na ação. Os manifestantes deixaram o local logo após arrancarem a soja. As lideranças do MST em Santa Catarina prometem novas ações em supostas áreas de plantação transgênica no Estado nos próximos dias.
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Outro exemplo. No início da década de 80, a região do Pontal do Paranapanema, liderada por Presidente Prudente, vivia intenso progresso econômico em razão de sua vocação natural para a pecuária de corte. As terras arenosas do Pontal não se prestam para a agricultura, porque a aração constante provoca erosão. Esta dificuldade foi contornada pelos ruralistas locais, com a exploração da pecuária extensiva, que protege o solo com o capim.

Porém, para infelicidade dos seus habitantes, a região é estratégica para o MST, por estar na fronteira de três Estados da União – São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul – além de ser próxima à fronteira com o Paraguai. Na área estão instaladas várias usinas hidrelétricas, de sorte que o seu controle é fundamental para movimentos terroristas.

Nos anos oitenta, André Franco Montoro governava São Paulo. De formação esquerdista, era favorável à socialização do campo. Esta conjugação política entre Montoro e Sarney, então presidente, decretou a decadência econômica do Pontal do Paranapanema. Para viabilizar a desestruturação fundiária no Pontal, membros da Procuradoria do Estado de São Paulo e do Ministério Público Estadual planejaram lançar dúvidas sobre as propriedade das fazendas da região. Ressuscitaram antigas ações discriminatórias para convencer a opinião pública de que as terras de quase todo o Pontal seriam devolutas. Com base nesse artifício, Montoro confiscou uma fazenda modelo, nela alojando o MST.

Como era impossível desapropriar todas as fazendas para reforma agrária, o Governo do Estado destruiu o domínio das propriedades. Mas, mesmo sem indenizar as terras, era necessário pagar os fazendeiros pelas suas benfeitorias, e não havia dinheiro para isso. A solução para quebrar a resistência dos produtores rurais e lhes tirar os recursos para custear demandas judiciais foi promover o terrorismo, em todo o Pontal, usando o MST para invadir e destruir as fazendas. Desde então, de forma covarde, sistemática e criminosa, os governos de São Paulo, desde Montoro até Covas, vieram sustentando a ação criminosa da guerrilha, garantindo-lhe recursos e, o principal: a impunidade.

Essa ação deletéria favorece os interesses das transnacionais do Governo Mundial, na guerra comercial por empregos e mercados, uma vez que destrói, de dentro para fora, a agropecuária, que era praticamente o único seguimento superavitário da balança comercial (13 bilhões de dólares em 1999). É bom ressaltar, ainda, que a pecuária extensiva é estratégica para o Brasil, porque produz carne, com capim e sol, sem concorrer na cadeia alimentar do homem.

Os conspiradores em ação (desde o Pontal) usurparam os poderes da máquina do Estado em proveito de seus objetivos ideológicos. Pretendendo destruir a estrutura fundiária, para implantar a sua “nova ordem” (levar a revolução do campo para a cidade), golpeiam de morte a balança comercial, o abastecimento, a “usina de empregos”, as instituições e a vida dos cidadãos, favorecendo, consciente ou inconscientemente, os rapinantes e os concorrentes internacionais do Brasil, de quem obtém apoio político e econômico, através das chamadas ONGs. Em síntese, seu objetivo é tomar o poder através de Golpe de Estado, cuja ação já desencadearam.

No governo de Fernando Henrique Cardoso a situação não só não se modificou como piorou – como num plano maquiavélico de continuidade de um projeto entreguista de destruição. A lógica, entretanto, não explicaria a persistência do governo FHC em apoiar o desagregamento do sistema produtivo de alimentos no país. O Ministro Paulo Renato, companheiro de exílio de FHC no Chile, era abastecido de alimentos por seu irmão, fazendeiro no Rio Grande do Sul, que mensalmente ia ao Chile de caminhonete para levar-lhe comida. O Chile de Alliende vivia um racionamento de alimentos, em razão de desastrosa reforma agrária promovida pelo governo. Fernando Henrique viveu isso, portanto, não poderia ignorar o que estava provocando.

FHC e sua equipe, desconsiderando que imposto no campo é confisco na mesa, acuaram os produtores brasileiros de alimentos, com toda sorte de medidas contrárias à atividade: 1) juros extorsivos, incompatíveis com a atividade agropecuária; 2) instabilidade política, permitindo que a guerrilha do MST e de congêneres invadisse e destruísse inúmeras fazendas, inibindo o investimento no setor; 3) câmbio desfavorável e taxação das exportações, quando todos os países subsidiam os exportadores; e, finalmente, como já foi citado, 4) reforma agrária - política que naufragou em todo o mundo por contrariar princípios econômicos, comprometer o abastecimento e socializar prejuízos, além de implementar o assistencialismo.

Diante das agruras e perseguições, os agropecuaristas, com certeza, deixariam de investir na atividade e isso fez com que o maior país agrícola do mundo acabasse importando alimentos da América e Europa, a custa de endividamento. A abertura desenfreada do mercado levou o país, que já foi auto-suficiente em trigo, por exemplo, a importar em média 6 milhões de toneladas de trigo, em 1998. A safra de algodão também despencou e o milho que teve a menor área plantada desde 1987.

No governo de Lula a situação piorou muito e, apesar de todos os escândalos de corrupção que envolveram (e ainda envolvem) seu governo, ele continua lá, firme e forte no poder. Em sua passagem pela presidência da república, Fernando Collor de Melo, por muito menos, foi forçado a renunciar antes do final de seu mandato. Não vou falar sobre isso agora, mas, vale adiantar que, entre outras coisas, Collor era radicalmente contra o tipo de reforma agrária que todos os outros presidentes não só permitiram como incentivaram.

Uma última questão deve ser lembrada nesta parte da série de artigos. Para o mercado norte-americano de exportações agrícolas, seria desastroso um corredor de exportação do Brasil através do Peru, com o apoio do Japão. Essa iniciativa encurtaria em dois terços a rota de exportação para o Oriente, desenvolveria o norte do país consolidando a Amazônia Brasileira e poria em risco os 193 bilhões de dólares em exportações americanas para a Ásia. Toda a exportação de grãos produzidos em Mato Grosso e Rondônia (23% da produção nacional) escoaria pelo Pacífico ao invés de fazer “turismo” pelo Amazonas e pelo Atlântico.

É importante que se faça uma revisão do que foi visto até agora para que não percamos o foco. Quando se iniciou o processo de reversão da Zona de Retaguarda (América do Sul, abaixo do Equador) do Ocidente para o Oriente é preciso ter em mente que este jamais seria possível se o próprio Ocidente não estivesse vindo a vivenciar, gradativamente, uma crescente onda de infiltração gramsciniana que, por sinal, pôde provar, pela primeira vez, sua capacidade de ação, na Guerra do Vietnã.

A financeirização da economia e a desmercantilização do capitalismo foram, aos poucos, permitindo uma cada vez maior e irreversível transferência de riqueza e de poder para as mãos dos idealizadores da Nova Ordem Mundial. De modo que aquilo que ficou, e ainda é, inadvertidamente, conhecido como o império norte-americano foi sendo desmontado cuidadosa e meticulosamente até que viesse a se tornar a mera figura de linguagem em que hoje se transformou, e por trás da qual age, na realidade, o Governo Mundial, inclusive e necessariamente em detrimento do povo e do Estado norte-americanos. Revezam-se na presidência dos EUA homens ligados e indicados pelo centro de comando e de poder do governo mundial – o CFR (Council on Foreign Relations).

Na medida em que o grande império americano foi sendo tomado e a Zona de Retaguarda Ocidental dominada, foi-se ganhando tempo para que o Oriente organizasse seus sistemas de defesa antinuclear e sua capacidade de ataque – já, agora, descentralizada e diversificada. A pergunta é: não seria então mais fácil, já que tudo parece estar dominado, simplesmente acabar com a corrida nuclear e desarmar o planeta, de modo a não correr riscos de desastres de grandes proporções? Não. E não é muito difícil entender o porquê. Hoje, e ainda assim será por muito tempo, é preciso que exista a sensação de ameaça e de medo permanentes, para que se possa controlar os indivíduos e, conseqüentemente, as sociedades. Muita coisa hoje já se aceita sob a alegação de ser um mal necessário para que se tenha segurança. Nesse processo de dominação para a instalação da Nova Ordem Mundial, não está descartado, de modo nenhum, a eventual necessidade de ataques nucleares que sirvam ao mesmo tempo para eliminar inimigos incômodos como também para constituir futuros elementos de coação e controle.

Continua...


IMPORTANTE:
Uma boa parte do que está escrito nesta parte da Série, foi baseada nas preciosas informações que recebi de um amigo internauta. Trata-se de um trabalho – O FIO DA MEADA – de autoria do Dr. Antônio José Ribas Paiva - Presidente da União Nacionalista Democrática. Embora sua visão do “inimigo” seja diferente da minha, o que, evidentemente, faz com que nossas estratégias de reação sejam diferentes em significativos detalhes, acredito que, na realidade, os dois trabalhos (o dele e o meu), até certo ponto, sejam complementares.

16 de agosto de 2006

Série CAI O PANO - 6

CAI O PANO – Parte 2 (2)

O TRUQUE DA CIRANDA FINANCEIRA E DO DINHEIRO DE PLÁSTICO
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Pequena Introdução

Por ser esta série de artigos longa e ter que ser divulgada em capítulos, pode a princípio passar a impressão de que rumará ao ufanismo anti-imperialista, como acontece com tantas outras análises. Não rumará. Ela pretende estabelecer uma base de raciocínio para a discussão de um posicionamento brasileiro em relação às forças de poder mundialmente estabelecidas, a fim de transformar o Brasil, de objeto manipulado, em parceiro consciente, com direito a voto e a todos os benefícios de desenvolvimento, pela posição estratégica que ocupa no cenário de disputa mundial. O objetivo é: Conhecimento, Conscientização, Escolha de Parceiros Ideológicos e Econômicos (Pró-Ocidentais) e Imposição Inteligente de Contrapartidas Beneficiadoras.

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No final da década de 1980, um grupo de intelectuais do Institute for International Economics reuniu-se para discutir o ajuste das economias latino-americanas à chamada Nova Ordem mundial. As formulações ali estabelecidas foram sistematizadas por John Willianson e ficaram conhecidas como Consenso de Washington. Muitos dizem que os estudiosos estavam a serviço de instituições financeiras (que hoje sabemos ser a esquerda internacional globalista) e do governo dos Estados Unidos. Outros dizem que somente aos primeiros. Mas, o fato é que, para as instituições financeiras internacionais, os recursos destinados aos países em desenvolvimento estavam sendo desperdiçados, porque muitos deles estavam primando pela inadimplência. Para evitar o agravamento desses problemas, ficou, então, decidido que os destinatários desses recursos teriam que se sujeitar às regras da formulação de Willianson: 1) Disciplina fiscal; 2) Redução dos gastos; 3) Reforma tributária; 4) Juros de mercado; 5) Câmbio de mercado; 6) Abertura comercial; 7) Investimento estrangeiro direto, com eliminação das restrições; 8) Privatização das estatais; 9) Afrouxamento das leis econômicas e trabalhistas; e 10) Direito de propriedade.

Os dez mandamentos do Consenso deram origem à adoção de modelos econômicos que primavam pela subordinação do Estado ao Mercado – é o que muita gente chama de liberalismo econômico e que induz a um engano provocado pela proposital confusão entre liberalismo e liberdade. Não é uma subordinação do Estado a um mercado surgido das relações naturais cotidianas entre oferta e procura dentro das sociedades (liberdade), mas a subordinação do Estado a um mercado monopolizado (não aparentemente, é claro) pelos grandes conglomerados financeiros unidos em torno do objetivo de construir uma sociedade universal sob suas rédeas, onde, independentemente de voto, exercerão seu poder sobre os destinos de homens e nações.

Para nós, o que interessa é que os dez mandamentos de Washington definem com clareza a política econômica que nos vem sendo imposta, desde o governo Sarney e muito mais claramente durante o governo de FHC – que não conseguiu fazer tudo o que deveria por não ter tido apoio suficiente no Congresso. No caso de Lula, isso deixou de ser problema – e todos nós sabemos o porquê – e seguir os tais mandamentos esteve, e ainda está, também entre as visíveis prioridades do atual governo do PT. Todas as medidas de caráter político e social destes sucessivos governos vêm seguindo a linha de viabilizar o projeto esquerdo-globalista internacional em detrimento dos interesses da nação brasileira.

Quando as grandes organizações financeiras sobrepuseram seu poder sobre o dos Estados em que habitavam, passaram a controlar muito do que é feito em nome destes Estados. De modo que aqueles que pareciam ser nossos aliados no auge da guerra fria – quando o que interessava era salvaguardar um Brasil celeiro e com condições mínimas de desenvolvimento para absorver os donos do mundo fugidos de uma eventual guerra nuclear – depois, passaram a trabalhar justamente no sentido contrário, porque não era nem um pouco interessante que o Brasil viesse a se tornar um país desenvolvido que usufruísse das próprias riquezas – principalmente se isso começasse a se refletir nos campos de avanços tecnológicos bélico e nuclear e nos do agronegócio (que colocaria em risco a necessidade de expansão do mercado das grandes potências – diretamente vinculada à criação e manutenção de empregos).

Em meados dos anos 1980, as grandes corporações financeiras deram um salto, em termos de acúmulo de riqueza, por causa da “financeirização” do capital, quando este foi, aos poucos e bem discretamente, deixando de financiar a produção, de criar empregos e de proporcionar bem estar social, para se tornar um fim em si mesmo, ou seja, passou a financiar, incoerentemente, o anticapitalismo. O percentual de capitais aplicados no mercado de comodities (*) foi crescendo a ponto de hoje representar 95% das operações financeiras mundiais. Por causa da armadilha da “financeirização” do capital, entregando-se, por exemplo, à especulação no mercado de derivativos (**), os executivos financeiros e os Bancos tornaram-se reféns das grandes corporações financeiras, como o Grupo Rothschild e seus aliados, que controlam as flutuações dos mercados de derivativos, impondo suas decisões ao mercado financeiro. As teorias econômicas diziam (e ainda dizem) que os derivativos representam uma das mais importantes inovações financeiras dos últimos dois séculos, uma verdadeira revolução.

Uma revolução que escondia uma operação lógico-estratégica dos maquiavélicos aspirantes a donos do mundo: controlando todas as etapas da produção de um determinado bem de consumo qualquer, desde os insumos necessários à sua produção até sua venda no varejo ou no atacado, não é preciso ser muito inteligente para perceber que o resultado disso é que teriam condições de manipular tudo que estivesse relacionado a este bem – desde seus preços finais às suas eventuais influências nas cotações das ações de empresas que trabalhassem com este bem ou que dependessem de seu preço para atuar no mercado.

De modo que foi um golpe de mestre da City Londrina (centro financeiro de Londres) desviar o capital de todos os grandes empresários do mundo (e países inteiros estão aí incluídos) para o circo da ciranda financeira – aparentemente mais lucrativo e menos trabalhoso – para obter lucro e renda. Com isso, aquilo que compõe o verdadeiro capital (ligado aos meios de produção e à mão-de-obra) foi sendo paulatinamente absorvido pelos superpoderosos da City Londrina e dos EUA.

Operacionalizando a aplicação da sua fabulosa massa de capitais, resultante da venda das comodities, manipularam a mídia, para convencer a opinião pública, da “necessidade” de privatizar estatais, que foram comprando, através de empresas, de aliados e de subsidiárias. A venda de comodities e a compra de estatais foi um processo demorado, iniciado na Inglaterra, com a colaboração do Governo Thatcher e estendeu-se por todo o mundo. (o nosso FHC, por exemplo, em apenas quatro anos, realizou no Brasil quase o mesmo que Margareth Thatcher fez, em doze).

Já não é de hoje, por exemplo, que o banqueiro que ouse discordar das decisões da City Londrina passe a enfrentar sérias dificuldades, podendo até mesmo quebrar em curto prazo. Exemplos dessa ação no mercado de derivativos são: o Banco inglês Barings, que faliu em 1995, em razão de operações com derivativos e o Banco Japonês Toyobo, que perdeu mais de US$ 2 bilhões, em 1996, especulando com cobre. Quando os Bancos japoneses estavam falidos, o Banco Merril Lynch aproveitou-se da oportunidade para comprar uma Corretora também falida e se instalar naquele país – que era totalmente avesso à presença estrangeira em seu mercado financeiro.

Ao contrário do que fizeram o mundo praticar – o anti-capitalismo - o Grupo Rothschild e seus aliados passaram a controlar o mercado de derivativos, justamente porque praticam o capitalismo, ou seja, dominam completamente estratégicas cadeias de produção, para, a partir desta posição, determinar as oscilações nos mercados especulativos.

Os reis dos derivativos, utilizando a mídia e apoiados por governos que ajudaram a eleger, já concretizaram grande parte do seu projeto de troca de posições. O “rescaldo” foi no Brasil (CSN, Vale e etc.). Através de seu aliado, George Soros (Húngaro naturalizado americano), em julho de 1997, detonaram, por exemplo, a crise asiática, a partir da Tailândia, especulando contra o Bath (moeda local). Em razão do mercado de expectativas ser fundamental para a liquidez do sistema financeiro, os reis da City passaram a recompor sua posição vendida e a comprar mais algumas dezenas de empresas quebradas pela crise que eles mesmo provocaram.

Observação: Neste ponto já se pode introduzir uma reflexão importante. Ao contrário do que se costuma pregar, não há disputas ideológicas e nem de poder, pura e simplesmente: tudo se resume a dinheiro (que está inevitavelmente atrelado ao poder). É tudo por dinheiro, pelo prazer do exercício do domínio sobre os destinos da humanidade – é a vontade de brincar de Deus. Lúcifer queria ser Deus. Para mim, esse é o pecado original. Pecado esse que carregam todos os seres humanos desde o seu nascimento e do qual somente se libertam os que conhecem a liberdade. Há duas formas de conhecer a liberdade: pela predestinação ou pela construção do conhecimento.

O Grupo Rothschild vem repetindo historicamente esse tipo de procedimento especulativo. Nas guerras Napoleônicas, por exemplo, sua filial na França enfraqueceu o exército de Napoleão, ao negar-lhe financiamento. Na última batalha, “divulgaram”, em Londres, que Napoleão havia vencido a guerra. As cotações das ações despencaram. Os Rothschild compraram na baixa. Quando a notícia verdadeira foi divulgada, ganharam milhões com a alta. Não precisa dizer que as vítimas desse golpe sujo foram levadas à desgraça social e financeira – com todas as suas conseqüências.

A ação predatória dos especuladores de Londres tem provocado um severo custo social nos países alvo de seus golpes (e não adianta recorrer, porque eles têm controle sobre os organismos que servem de tribunais internacionais, que acabaram quase todos criados justamente por iniciativa deles mesmos). Depois que se apropriam de grandes empresas, muitas delas estratégicas, de países como o Brasil, por exemplo, estas mega-organizações transnacionais passam a financiar a comunização destes países – logicamente num terreno já antes lapidado pela ditadura do politicamente correto.

Por que? São várias as razões. Uma delas é que precisam da ditadura “branca” (aquilo que ousam chamar de democracia popular, mas que é uma ditadura comuno-populista – é o neocomunismo) para a prática da expropriação das riquezas nacionais (daquele país) ao preço que bem lhes convier, com a conivência dos ditadores populistas, e daqueles que o cercam no poder, ao lhes financiar o sonho do poder absoluto (e da riqueza, é claro). A ditadura branca é aquela onde o comunismo convive com a “democracia” da manipulação explícita (seja através da propaganda mentirosa, da manipulação da mídia ou ainda da política assistencialista do Estado provedor) e com a manutenção de uma economia pseudo-capitalista.

Ou seja, continua a existir naquele país um pequeno e médio empresariado nacionais – abusivamente taxado e vigiado – e uma enorme massa de trabalhadores – também taxados e que recebem salários bem abaixo do que receberiam numa economia que fosse efetivamente de mercado (como acontece na China, por exemplo). Essa gente sustenta o ciclo de consumo mínimo exigido pelo mercado e paga as despesas do Estado com a própria manutenção do aparelho estatal e da própria sociedade – que passa a ter castas mais bem definidas, com um índice mínimo de transição dos indivíduos de uma classe para outra. Na prática haverá um exército de pobres manipuláveis, uma classe média com poderes aquisitivos suficientes para morar e comer, uma classe intermediária já com poder aquisitivo um pouco maior e os milionários dos círculos de poder. Realiza-se assim o sonho da diminuição das desigualdades sociais – só que nivelando todos por baixo – e da distribuição mais justa de renda - só que sob o ponto de vista do Partido; ou seja, ele fica com a riqueza e o povo com a igualdade ditatorial e miserável.

Na ciranda financeira internacional e com a progressiva transformação da moeda em espécie, primeiro em talonários preenchíveis (cheques, notas de crédito e de débito), depois pelo moderno plástico (cartões de crédito e de operações) e ainda, posteriormente, apenas em números digitados (operações feitas por computador entre bancos, empresas e clientes), além do barateamento dos custos com a fabricação de dinheiro (papel e moeda), as moedas (principalmente o dólar) passaram a ser emitidas sem controle de lastros e de limites. De modo que, no cassino das finanças internacionais há um jogo cujo perdedor será quem ficar com os dólares falsos, moeda emitida, sem lastro e sem limites, por alguns dos principais bancos do mundo, controlados pela City Londrina e por Wall Street. Grandes economias do mundo, como a chinesa, a japonesa, a coreana e até mesmo a inglesa, por exemplo, são possuidoras de gigantescas somas desta moeda falsa, tanto na forma de reservas líquidas como em títulos do tesouro norte-americano. Uma corrida intempestiva em direção à conversão dessa “moeda” (em euros, por exemplo), ou à venda antecipada dos tais títulos, precipitaria rapidamente o fim do jogo, não dando tempo suficiente para que quem possuísse essa “moeda” a passasse adiante.

Sobre esse assunto especificamente, é bom que leia o artigo “AMÉRICA: DA LIBERDADE AO FASCISMO” (
http://infomix-cf.blogspot.com/2006_07_01_infomix-cf_archive.html), que poderá mostrar o quanto também estão a sofrer os cidadãos norte-americanos, para que não se atribua a eles adjetivos inadequados, como imperialistas, por exemplo. Ao contrário, as desgraças do totalitarismo fascista da Nova Ordem Mundial começam por atingir a eles, primeiro, partindo então, depois, para o resto do mundo – e ainda mascaram de “evolução de primeiro mundo” os modelos que exportam impositivamente para o resto da humanidade.

Sem chamar a atenção, então, e se valendo do artifício da compra de matérias primas, insumos básicos, etc., usando o “dinheiro falso”, os aspirantes a donos do mundo estão, inteligentemente, convertendo moeda falsa (sobre a qual detém o controle) em riqueza real. Por isso, no momento, pouco importa o valor relativo do dólar frente a uma moeda como o real, por exemplo, porque, mesmo assim, eles vão continuar importando tudo o que puderem de nós. Esse é um dos motivos pelos quais apesar dos juros altos e das constantes baixas da cotação da moeda americana no mercado brasileiro, as exportações ainda continuam em franca expansão. Essa é uma das missões do governo Lula, que engana o povo gabando-se do incessante aumento nas exportações (em áreas muito específicas, é claro) e dos constantes superávits da Balança Comercial brasileira, a despeito de nosso pífio crescimento (que, aliás, precisa manter-se pífio nesse jogo).

Não é preciso se aprofundar em conhecimentos de Economia para que se entenda o que é fundamental nesse capítulo. A financeirização da economia acabou por ir, aos poucos, permitindo com que o Estado fosse sendo desapropriado dos bens de produção e da administração de seus próprios recursos naturais. O resultado prático disso foram as privatizações em massa, por todo o mundo. Dessa forma os patrocinadores da Nova Ordem Mundial (grupo de empresas e de homens mais ricos e poderosos do planeta) puderam (e ainda continuam empenhados nisso) ir apropriando-se do controle dos processos produtivos de todos os bens de consumo do mundo (desde a extração de matérias primas até os produtos finais). Com isso, terão o monopólio mundial dos recursos necessários à vida humana e às sociedades modernas. “E os Estados comunistas?”, perguntarão os mais atentos. Destes não é preciso comprar empresas e bancos (já que elas já são monopólio do Estado); deles basta que se comprem os governos (o que, no “neocomunismo”, inclui os “pseudo-empresários” – na verdade monopolistas – apadrinhados pela nomenklatura que está no poder).


(*) Commodities são produtos "in natura", cultivados ou de extração mineral, que podem ser estocados por certo tempo sem perda sensível de suas qualidade, como suco de laranja congelado, soja, trigo, bauxita, prata ou ouro. Atualmente também são consideradas commodities produtos de uso comum mundial como lotes de camisetas brancas básicas ou lotes de calças jeans. Entenda o que são commodities (
http://www.economiabr.net/economia/5_commodities.html)

(**) O que são derivativos? São ativos financeiros cujos valores e características de negociação estão amarrados aos ativos que lhes servem de referência. Ou seja, o preço desse ativo é derivado de um outro. Na verdade, derivativos é o nome genérico de um grupo extenso de operações financeiras, as mais variadas, que tenham como base de negociação o preço ou cotação de um ativo (chamado de ativo-objeto). Neste grupo estão operações do mercado futuro, do mercado de opções, dos swaps e de todas as operações mais complexas de engenharia financeira. Entenda (
http://www.estadao.com.br/investimentos/glossario/d.htm)